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JUSTIÇA SEVERA! Projeto PUNE quem finge não ter dinheiro para PENSÃO

No cenário jurídico brasileiro, a responsabilidade de pagar pensão alimentícia é um tema recorrente e de grande importância, especialmente para garantir o bem-estar dos alimentandos.

O Projeto de Lei 2201/24, apresentado à Câmara dos Deputados pelo deputado Marcelo Queiroz (PP-RJ), visa endurecer as penalidades para aqueles que tentam mascarar sua real condição financeira para evitar ou diminuir o pagamento de pensão alimentícia.

Esta proposta introduz mudanças significativas tanto no Código Penal quanto no Código Civil, refletindo uma abordagem mais rigorosa em relação à justiça alimentar. Confira mais abaixo!

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Novas penalidades no contexto da pensão

pensão alimentícia
Imagem: myjuly / Envato

O Projeto de Lei 2201/24 propõe a criação de um novo tipo penal denominado “fraude à execução” especificamente para casos de pensão alimentícia.

De acordo com a proposta, indivíduos que desviarem, destruírem ou ocultarem bens, ou que simularem dívidas com o objetivo de evitar ou dificultar o pagamento de pensão alimentícia, estarão sujeitos a penas de prisão que variam de dois a quatro anos, além de multa.

Esta inovação legislativa busca combater a prática de fraudar a execução de pensão alimentícia, um problema que tem gerado dificuldades para muitas famílias em situação de vulnerabilidade. Com a introdução desse tipo penal, espera-se que haja um efeito dissuasório mais robusto contra aqueles que tentam enganar o sistema judicial para se esquivar de suas responsabilidades financeiras.

Alterações no Código Civil

Além das novas penalidades, o projeto também altera o Código Civil para incorporar a “teoria da aparência” na determinação do valor da pensão alimentícia. Atualmente, a legislação vigente estabelece que a pensão deve ser fixada com base nas necessidades do reclamante e nos recursos do alimentante.

No entanto, o Projeto de Lei propõe que a aparência econômica do alimentante também seja considerada como prova de sua capacidade financeira.

A “teoria da aparência” sugere que a forma como o alimentante se apresenta socialmente e os sinais de prosperidade que ele exterioriza podem ser usados como indicadores da sua verdadeira capacidade econômica.

Esse ajuste pretende assegurar que o valor da pensão alimentícia reflita de forma mais precisa a real situação financeira do alimentante, evitando discrepâncias que possam comprometer a qualidade de vida dos alimentandos.

Justificativa do deputado

O deputado Marcelo Queiroz, autor do projeto, justifica a necessidade da proposta com base nas dificuldades enfrentadas por muitas mães e pais que buscam o direito à pensão alimentícia. De acordo com Queiroz, frequentemente os valores fixados em sentença não são suficientes para cobrir as despesas reais necessárias para a manutenção adequada dos filhos.

Em alguns casos, a alegação de falta de recursos por parte do alimentante não condiz com sua verdadeira capacidade financeira.

Queiroz argumenta que a proposta não visa apenas garantir a alimentação e as condições mínimas de existência dos alimentandos, mas também assegurar que eles tenham acesso a lazer, cultura e uma qualidade de vida que o alimentante pode proporcionar sem comprometer seu próprio bem-estar.

A proposta, portanto, é vista como uma forma de equilibrar as necessidades dos alimentandos com as responsabilidades financeiras dos alimentantes.

Análise e aprovação

O Projeto de Lei 2201/24 ainda precisa passar por um processo legislativo antes de se tornar lei. Após a apresentação, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. Esta comissão avaliará a constitucionalidade e a adequação da proposta. Caso receba parecer favorável, o projeto será então submetido ao Plenário da Câmara dos Deputados para votação.

Se aprovado pela Câmara, o projeto seguirá para o Senado, onde será igualmente analisado e votado. Somente após a aprovação final por ambas as casas legislativas e a sanção presidencial, a proposta se tornará lei e entrará em vigor.

Essa tramitação é crucial para garantir que a proposta seja amplamente discutida e ajustada conforme necessário, garantindo sua eficácia e adequação ao sistema jurídico brasileiro.

Considerações finais

O Projeto de Lei 2201/24 representa um esforço significativo para fortalecer a justiça em casos de pensão alimentícia e para garantir que as responsabilidades financeiras sejam cumpridas de forma justa e transparente.

Ao introduzir novas penalidades para fraudes e ao considerar a aparência econômica como um fator na determinação do valor da pensão, o projeto visa melhorar o suporte financeiro oferecido aos alimentandos e a responsabilidade dos alimentantes.

À medida que o projeto avança nas etapas legislativas, será essencial acompanhar seu progresso e avaliar seu impacto potencial sobre a legislação e as práticas relacionadas à pensão alimentícia no Brasil. Se aprovado, esse projeto poderá marcar um avanço importante na luta por uma justiça mais equitativa e eficaz para todos os envolvidos.

Imagem: mojo cp / shutterstock.com

Ellen D'Alessandro

Ellen é redatora, cursando Letras — Licenciatura/Português e Alemão — na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apaixonada por livros e séries de TV, escrevo também sobre benefícios sociais.

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