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Governo prévia alta de R$ 6,4 Bi e anunciou valores extras!

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou a ampliação da previsão de despesas com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), resultando em uma economia temporária de R$ 6,4 bilhões.

A decisão, tomada em maio e reconhecida apenas em julho, permitiu que o governo evitasse bloqueios de verbas e até liberasse recursos extras, mas culminou em um congelamento significativo do orçamento de 2024.

Essa manobra estratégica, que envolveu o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e outros órgãos governamentais, gerou críticas e levantou suspeitas sobre a transparência das projeções orçamentárias.

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Governo adia alta de gastos do BPC e corta orçamento de 2024

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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com

Em meados de maio de 2024, o governo, através do MDS, previu um incremento de R$ 6,4 bilhões nas despesas do BPC, estimando que os gastos totais com o benefício chegariam a R$ 105,7 bilhões até o fim do ano.

Esse aumento foi atribuído ao crescimento no número de benefícios concedidos e ao impacto do programa de enfrentamento da fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Contudo, essa projeção foi substituída por uma nova nota técnica que reduziu a estimativa para R$ 99,2 bilhões, justificando a manutenção do valor anterior sem variação observada.

Impacto no orçamento de 2024

O adiamento do reconhecimento dessa alta nas despesas acabou contribuindo para o congelamento de R$ 15 bilhões do orçamento de 2024, quando a nova projeção foi finalmente incorporada.

A decisão de postergar o ajuste levantou dúvidas entre especialistas, que temem que as projeções do governo estejam subestimadas.

Junta de Execução Orçamentária confirma indicativo de aumento

A Coordenação da Junta de Execução Orçamentária, sob a liderança da Casa Civil, reconheceu que já havia indicações de aumento nas despesas com o BPC no segundo bimestre.

No entanto, justificou que as medidas de revisão de gastos ainda estavam em discussão e que o governo já esperava economizar com essas ações, o que poderia compensar o aumento imprevisto.

Suspeitas de subestimação das projeções

Mesmo com essa estratégia, a divulgação do relatório de maio sem mudanças significativas nas despesas obrigatórias gerou desconfiança.

Técnicos afirmam que a decisão de não incluir o aumento projetado foi baseada na falta de uma metodologia clara para estimar a economia decorrente do pente-fino nos benefícios, que, na época, ainda não havia sido implementado.

Revisão de gastos e economia potencial

Embora o pente-fino tenha começado a ser formalizado apenas no final de julho, o MDS já prevê uma economia de R$ 6,6 bilhões em 2025.

O impacto em 2024, no entanto, ainda é incerto e dependerá do ritmo de implementação das revisões.

Cenários para o futuro fiscal

A Casa Civil apresentou dois cenários possíveis para as despesas com o BPC até o final do ano: um com a manutenção dos gastos atuais e outro com uma potencial redução graças ao pente-fino.

A complexidade das projeções e a incerteza sobre o impacto das medidas de revisão deixam em aberto as expectativas para o fechamento do ano fiscal.

Posicionamento da Fazenda e Planejamento

A Fazenda e o Planejamento, que também integram a Junta de Execução Orçamentária, destacaram que as revisões orçamentárias são comuns e necessárias para garantir a precisão das previsões, mas não forneceram detalhes sobre os motivos para o adiamento do reconhecimento do aumento nas despesas do BPC.

Imagem: Andrzej Rostek / shutterstock.com

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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