Ex-Piloto abre denuncia: Voepass usava ‘Palito’ no sistema antigelo!
Descubra as revelações chocantes de um ex-piloto da Voepass sobre a manutenção das aeronaves e o impacto na segurança dos voos.
Introdução:
Em uma revelação surpreendente, o ex-piloto da Voepass, Ruy Guardiola, compartilhou detalhes sobre a manutenção das aeronaves da companhia aérea, incluindo o uso de um “palito” para acionar o sistema antigelo em aviões modelo ATR-72. Guardiola, que voou por mais de 15 mil horas no modelo ATR, levantou preocupações sobre a segurança das operações da empresa, que foi envolvida em um trágico acidente aéreo com 62 vítimas em Vinhedo (SP). As investigações continuam, e especialistas em segurança de voo estão analisando as possíveis causas, incluindo a formação de gelo nas asas.
Detalhes Revelados pelo Ex-Piloto
O comandante aposentado Ruy Guardiola trabalhou na Voepass em 2019 e pilotou o mesmo modelo de aeronave ATR-72 que estava envolvido no acidente. Em entrevista ao programa Fantástico, Guardiola revelou ter presenciado um procedimento improvisado de manutenção que utilizava um palito de fósforo ou de dente no botão de acionamento do sistema antigelo.
“Eu vi com esses olhos que a terra há de comer,” disse Guardiola, expressando sua incredulidade com a situação.
A Segurança em Segundo Plano
Guardiola, que também é um dos pioneiros dos aviões ATR no Brasil, afirmou que a Voepass priorizava o lucro em detrimento da segurança dos voos. Segundo ele, a empresa frequentemente negligenciava medidas básicas de segurança, colocando os passageiros e a tripulação em risco.
“A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano, visava mais o lucro,” disse o comandante aposentado.
Possíveis Causas do Acidente:
A aeronave que caiu em Vinhedo voou por 1 hora e 35 minutos sem registrar nenhuma ocorrência antes de fazer uma curva brusca e cair em espiral, caindo 4 mil metros em cerca de 1 minuto. Especialistas em segurança de voo sugerem que a queda em espiral pode indicar a ocorrência de um estol, uma situação em que a aeronave perde a sustentação necessária para voar.
A formação de gelo nas asas é uma das hipóteses em análise, especialmente após as revelações de Guardiola sobre as condições do sistema antigelo.
A Resposta da Voepass
Em resposta às acusações, a Voepass reiterou que todas as suas aeronaves estão “aeronavegáveis e aptas a realizar voos, com todos os sistemas requeridos em funcionamento, cumprindo o que estipulam as autoridades e a legislação setorial vigente.”
Além disso, a companhia afirmou que está focada em oferecer acolhimento e suporte emocional às famílias das vítimas do acidente, enquanto as investigações continuam.
Investigações em Andamento
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está conduzindo as investigações para determinar as causas exatas do acidente. A análise das caixas-pretas da aeronave será crucial para entender o que ocorreu nos minutos finais antes da queda.
Além disso, mais de 40 famílias das vítimas foram acolhidas no Instituto Oscar Freire, em São Paulo, onde forneceram material biológico para ajudar na identificação dos corpos. Equipes da Defesa Civil e do IML estão trabalhando para concluir a identificação e entregar os pertences pessoais às famílias.
Conclusão:
As revelações de Ruy Guardiola sobre as práticas de manutenção da Voepass levantam sérias questões sobre a segurança operacional da companhia aérea. Enquanto as investigações continuam, a tragédia em Vinhedo serve como um alerta para a importância de priorizar a segurança em todas as etapas da aviação comercial. A responsabilidade de garantir que todos os sistemas de uma aeronave estejam em perfeito funcionamento é crucial para prevenir acidentes e salvar vidas.
A comunidade de aviação e os especialistas aguardam ansiosamente os resultados das investigações para compreender melhor o que levou a essa tragédia e como evitar que eventos semelhantes ocorram no futuro.