Renda FIXA: Quais são as rendas fixas que os ricos investem?
Enquanto muitos investidores buscam diversificação e crescimento, os mais ricos estão fazendo movimentos estratégicos no mercado de renda fixa.
Um relatório recente da ANBIMA revela que, no primeiro semestre de 2024, o volume de aplicações por investidores de alta renda aumentou em 3,3%, alcançando a marca de R$ 2,2 trilhões.
Estes investidores, definidos como aqueles com mais de R$ 5 milhões aplicados, têm direcionado uma parte significativa de seu capital para a renda fixa.
Leia também:
INSS: como garantir uma renda passiva para o futuro em 4 Passos
Crescimento na Renda Fixa
Entre janeiro e junho de 2024, os investidores de alta renda alocaram R$ 70,6 bilhões em renda fixa, refletindo um impressionante crescimento de 13,9% nesse segmento.
Esse aumento foi suficiente para compensar as retiradas em produtos híbridos e de renda variável, que somaram R$ 45,2 bilhões no mesmo período.
De acordo com a ANBIMA, os investidores de alta renda distribuíram seu portfólio da seguinte forma: 39% em renda fixa, 30% em renda variável, 20,5% em produtos híbridos, 10,2% em previdência e 0,3% em outras categorias.
Tesouro direto vs. CDB
No universo da renda fixa, o Tesouro Direto foi o destaque do semestre, apresentando um crescimento de 16,3%. Os investidores alocaram R$ 5,1 bilhões em títulos públicos, demonstrando um forte interesse por essa opção.
Por outro lado, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) também atraíram investimentos substanciais, com um incremento de 14,8%, resultando em uma entrada de R$ 13,2 bilhões entre janeiro e junho. O CDB continua sendo uma escolha popular devido à sua segurança e rentabilidade atraente.
Investimentos isentos de Imposto de Renda
O relatório da ANBIMA também destacou o crescimento nas aplicações em títulos incentivados, que avançaram 8,5%, totalizando R$ 38,9 bilhões. Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) tiveram aportes significativos de R$ 3,6 bilhões e R$ 3,3 bilhões, respectivamente. As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) também registraram altos volumes, com R$ 14,7 bilhões e R$ 10,9 bilhões investidos.
Além disso, as debêntures incentivadas expandiram 10,1%, com R$ 3,4 bilhões alocados por investidores de alta renda.
Considerações finais
A tendência de investimentos em renda fixa entre os investidores mais ricos destaca a busca por segurança e estabilidade em um ambiente econômico incerto.
A diversificação entre Tesouro Direto, CDBs e títulos isentos de impostos oferece uma gama de opções para otimizar rendimentos e proteger capital. Para aqueles interessados em seguir o exemplo dos ricos, é fundamental considerar essas alternativas e adaptar a estratégia de investimento às suas necessidades e objetivos financeiros.
Imagem: Olivier Le Moal / shutterstock.com