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Novas medidas do Minha Casa, Minha Vida: veja o que mudou!

Nos últimos meses, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) passou por uma série de alterações substanciais com o objetivo de melhorar sua acessibilidade e adequação às necessidades das famílias brasileiras.

Estas mudanças abrangem ajustes nas faixas de renda, a introdução do FGTS Futuro e a implementação de tecnologias sustentáveis, como a instalação de placas solares nos novos empreendimentos. A seguir, detalhamos as principais modificações e seu impacto nos beneficiários do programa.

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Atualização nas faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida

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Imagem: Arnaldo Cellani Junior / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Uma das alterações mais significativas refere-se às faixas de renda mensal familiar, que foram ajustadas para permitir que mais famílias possam acessar o programa. A Faixa 1, que oferece um subsídio de até 95% do valor do imóvel, viu seu limite de renda aumentar de R$ 2.640 para R$ 2.850.

Esse ajuste visa ampliar o alcance do programa para um maior número de famílias de baixa renda, permitindo que mais pessoas se beneficiem da assistência habitacional. A Faixa 2, que anteriormente atendia famílias com renda de até R$ 2.850, agora abrange uma faixa mais ampla, variando de R$ 2.850,01 a R$ 4.700.

As famílias nesta categoria têm direito a um subsídio que pode chegar a R$ 55 mil. Essa expansão facilita o acesso a um maior número de famílias de renda intermediária. Para a Faixa 3, as novas regras estabelecem que podem ser contempladas famílias com renda de R$ 4.700,01 até R$ 8 mil.

Embora o teto de renda da faixa não tenha sido alterado, o ajuste nas faixas inferiores contribui para uma maior inclusão de famílias que se encontram em uma faixa de renda mais elevada, mas ainda assim necessitam de apoio para adquirir um imóvel.

O que é o FGTS Futuro?

Uma inovação importante introduzida pelo programa é o FGTS Futuro, que começou a ser operado pela Caixa Econômica Federal em abril de 2024. Esta modalidade de financiamento permite que os trabalhadores utilizem a contribuição futura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para complementar a renda exigida no financiamento imobiliário.

Na prática, o FGTS Futuro possibilita que trabalhadores comprometam uma porcentagem de suas contribuições futuras do FGTS para aumentar a capacidade de pagamento do financiamento. Por exemplo, se um trabalhador recebe R$ 2 mil e compromete 25% da sua renda, ele pagaria uma parcela de R$ 500.

Com o FGTS Futuro, a parcela pode ser elevada para R$ 660, mantendo o valor inicial pago do bolso e utilizando o restante das contribuições futuras do FGTS para cobrir a diferença. Essa medida visa facilitar o acesso ao crédito imobiliário, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras temporárias.

Minha Casa, Minha Vida e energia solar

Outra importante mudança no programa é a introdução do Programa Energia Limpa, estabelecido pelo Decreto 12.084, publicado em 28 de junho de 2023. Este programa prevê a instalação de placas solares em novos imóveis da Faixa 1, com o objetivo de promover a sustentabilidade e reduzir os custos com energia elétrica para as famílias beneficiadas.

As placas solares poderão ser instaladas diretamente nas unidades habitacionais ou em locais remotos que forneçam energia equivalente às necessidades mensais dos imóveis. O estado de Minas Gerais será um dos primeiros a implementar esta iniciativa, com 16 mil unidades residenciais previstas para receber a tecnologia em 40 municípios.

No que diz respeito à manutenção das placas solares, as famílias que recebem a geração local de energia serão responsáveis por cuidar e manter os equipamentos. O Ministério das Cidades garantiu que fornecerá as orientações e a capacitação necessárias para assegurar que as famílias possam gerenciar os sistemas de forma adequada.

Para os sistemas de geração remota, a empresa responsável pela instalação deve assegurar a entrega de energia mensalmente, conforme a vida útil dos equipamentos. O programa visa contemplar 500 mil casas com placas solares entre 2023 e 2026, promovendo uma maior sustentabilidade e redução dos custos com eletricidade para as famílias beneficiadas.

Novas regras para financiamento de imóveis usados

O financiamento de imóveis usados também sofreu alterações significativas. Para a Faixa 3, a parcela máxima de financiamento foi reduzida para 50% do valor do imóvel nas regiões Sul e Sudeste, enquanto nas demais regiões a cota foi fixada em 70%.

Além disso, o valor máximo para imóveis usados financiados pelo programa foi reduzido de R$ 350 mil para R$ 270 mil. Essas alterações visam tornar a aquisição de imóveis usados mais acessível para famílias de baixa e média renda, ajustando o programa às condições econômicas atuais.

Essas mudanças no Minha Casa, Minha Vida refletem o compromisso do governo com a melhoria das condições de habitação para milhões de brasileiros.

Com ajustes nas faixas de renda, introdução de novas modalidades de financiamento e investimentos em tecnologias sustentáveis, o programa busca ampliar seu alcance e eficiência, garantindo que mais famílias possam realizar o sonho da casa própria com maior segurança e sustentabilidade.

Imagem: Getty Images / Arte: Benefícios para Todos

Ellen D'Alessandro

Ellen é redatora, cursando Letras — Licenciatura/Português e Alemão — na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apaixonada por livros e séries de TV, escrevo também sobre benefícios sociais.

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