Em março de 2025, o Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal passará por uma transformação digital significativa. A reforma prevista para o sistema visa não apenas modernizar a plataforma, mas também conectar diferentes bases de dados federais, tornando-a mais ágil, transparente e segura.
Este avanço representa um marco na gestão de políticas sociais no Brasil, afetando diretamente milhões de brasileiros que dependem desses programas para subsistência.
Com essa mudança, o Governo Federal busca fortalecer a precisão e eficiência na administração dos programas sociais, ao mesmo tempo em que facilita o trabalho dos operadores e melhora o atendimento ao público.
Leia também:
ATUALIZAÇÃO no CadÚnico: Saiba o que é necessário para o procedimento
Transformação digital no CadÚnico: um novo marco na gestão de políticas sociais
O Cadastro Único, essencial para a inclusão de milhões de famílias brasileiras em programas sociais, está prestes a passar por uma reforma profunda. A partir de março de 2025, o sistema será totalmente integrado a diversas bases de dados federais, possibilitando a automatização de processos que antes exigiam tempo e esforço tanto dos operadores quanto dos cidadãos.
Segundo Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o CadÚnico representa mais do que um simples banco de dados; é uma ferramenta crucial para mapear a pobreza no Brasil.
“A reforma trará benefícios para a população, aumentará a segurança cibernética e vai recolocar o CadÚnico no lugar que ele ocupou por muito tempo: de tecnologia social reconhecida mundialmente”, destaca.
Automatização e interconexão de dados
Com as mudanças, os dados das famílias serão atualizados de maneira automática e online durante o cadastramento. Isso significa que informações como regularidade do CPF, vínculo empregatício e benefícios previdenciários serão instantaneamente acessadas e registradas no sistema, eliminando a necessidade de preenchimento manual de muitos campos.
“Isso vai facilitar a vida do operador, que não vai precisar preencher todo o cadastro, e a vida das pessoas que vão se cadastrar e que, muitas vezes, não têm tempo, nem condições de ficar indo aos equipamentos públicos”, explica Bartholo.
Impacto na qualidade dos dados e eficiência dos programas sociais
A integração das bases de dados também permitirá uma qualificação mais frequente das informações registradas.
Cada novo cadastro ou atualização será validado em tempo real, aumentando a precisão dos dados utilizados por cerca de 40 programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A melhoria na qualidade das informações impacta diretamente a eficácia e a justiça na distribuição dos benefícios.
Capacitação dos operadores: preparação para o novo sistema
Para garantir que a transição ocorra de forma suave, o MDS iniciará em dezembro de 2024 um extenso programa de capacitação. Todos os operadores do CadÚnico passarão por treinamentos obrigatórios, que serão realizados online e divididos em níveis básico, intermediário e avançado.
Com isso, espera-se que cerca de 40 mil operadores estejam plenamente preparados para operar o novo sistema a partir de março de 2025.
CadÚnico: a base para políticas sociais no Brasil
O CadÚnico é uma ferramenta indispensável para o governo identificar e atender famílias de baixa renda em todo o país. Registrando informações detalhadas sobre renda, moradia, composição familiar e outros aspectos socioeconômicos, o sistema permite que programas sociais cheguem a quem realmente precisa.
Com mais de 40,4 milhões de famílias cadastradas, das quais 28,1 milhões são de baixa renda, o CadÚnico continua sendo fundamental para o combate à pobreza e à desigualdade no Brasil.
Imagem: JERO SenneGs / shutterstock.com
