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Câmara Legislativa aprova ‘Acredita’: Novo crédito para beneficiários do Bolsa Família e MEIs

Em um passo significativo para apoiar a inclusão financeira e o empreendedorismo, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 28, o projeto de lei que institui o programa “Acredita”. Este novo modelo de crédito visa beneficiar os participantes do Bolsa Família que desejam se formalizar como microempreendedores individuais (MEIs).

A proposta, que substitui uma medida provisória recentemente expirada, também contempla a renegociação de dívidas para pequenas e médias empresas, além de expandir o crédito imobiliário no país.

O programa, com uma reserva de R$ 500 milhões para 2024, promete transformar o cenário econômico para diversos grupos de baixa renda e trabalhadores informais.

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Acredita: aprovação e continuidade do programa

Acredita no Primeiro Passo Bolsa Família
Imagem: Adão / Shutterstock.com

O projeto de lei aprovado é essencial para a continuidade do “Acredita”, um programa que anteriormente operava sob uma medida provisória que perdeu validade no último mês. Agora, com a aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto segue para análise no Senado.

A proposta não só facilita a formalização de empreendedores no CadÚnico, mas também proporciona um suporte financeiro robusto para taxistas e pequenos produtores rurais.

Microcrédito e beneficiários do Bolsa Família

O “Acredita” destina-se a beneficiários do Bolsa Família que desejam se tornar MEIs, oferecendo a oportunidade de obter empréstimos sem a necessidade de interromper o recebimento dos benefícios sociais. Para isso, foi alocado um montante de R$ 500 milhões oriundos do Fundo Garantidor de Operações (FGO), destinado a garantir esses financiamentos em 2024.

A medida busca apoiar não apenas trabalhadores informais e pequenos produtores rurais, mas também aqueles inscritos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Renegociação de dívidas e suporte a microempresas

A proposta também contempla a renegociação de dívidas para microempresas e pequenas empresas com faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões que estão inadimplentes.

O governo permitirá que o valor renegociado das dívidas, adquirido até a publicação da medida provisória, seja contabilizado para o crédito presumido dos bancos até 2029.

Este suporte é uma resposta à crescente inadimplência, que afetava cerca de 6,3 milhões de micro e pequenas empresas em janeiro de 2024.

Expansão do crédito imobiliário

Além dos créditos para microempreendedores e renegociação de dívidas, a proposta inclui medidas para aumentar o crédito imobiliário. A estatal Emgea (Empresa Gestora de Ativos) será utilizada para ampliar a oferta de empréstimos para a compra de imóveis, atuando como securitizadora no mercado imobiliário.

Isso permitirá que os bancos ofereçam empréstimos para moradia com taxas de juros reduzidas, incentivando a concessão de crédito e a construção de novas residências.

Conclusão

A aprovação do programa “Acredita” representa um avanço significativo no apoio a empreendedores de baixa renda e à renovação do setor imobiliário.

Com a integração de diversas medidas de apoio financeiro e renegociação de dívidas, o projeto visa promover a inclusão econômica e oferecer oportunidades para que mais brasileiros possam iniciar e expandir seus negócios, além de facilitar o acesso à moradia.

Imagem: gustavomellossa / shutterstock.com

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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