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Governo anuncia alterações no Atestmed do auxílio-doença do INSS; Entenda as novidades

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está preparando mudanças significativas na concessão do auxílio-doença, atualmente denominado benefício por incapacidade temporária, através da ferramenta Atestmed. Essas alterações visam reduzir fraudes e controlar os gastos com o benefício, alinhando-se às metas fiscais para 2024 e 2025.

As mudanças propostas também prometem acelerar o processo de concessão e gestão do benefício. A seguir, detalhamos o que você precisa saber sobre essas novas diretrizes e o impacto delas.

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O que é o Atestmed?

O Atestmed é uma ferramenta digital que permite aos segurados solicitar o benefício por incapacidade temporária, substituto do auxílio-doença, sem a necessidade de perícia médica presencial.

A solicitação é feita enviando um atestado médico, assinado por um profissional da rede SUS ou particular, através do aplicativo “Meu INSS” (Android e iOS). O sistema aceita também documentos odontológicos.

Como funciona?

auxílio-doença
Imagem: Andy Dean Photography / shutterstock.com
  1. Envio de documentos: O segurado envia o atestado médico e outros documentos pelo aplicativo;
  2. Análise e aprovação: Um perito analisa a validade dos documentos e do atestado. Após a verificação dos dados, o benefício é liberado automaticamente.

Duração e prorrogação do benefício

Atualmente, o benefício por incapacidade temporária tem uma duração máxima de 180 dias, consecutivos ou não. No entanto, o Atestmed não permite a prorrogação automática desse prazo.

Para continuar recebendo o benefício após o período inicial, o segurado deve apresentar um novo atestado, respeitando o limite total de 180 dias.

Alterações propostas

O governo está considerando reduzir o prazo máximo do benefício, que pode ser diminuído pela metade. Além disso, se o prazo solicitado no atestado exceder o padrão para o tipo de doença, o segurado será encaminhado para uma perícia médica presencial. Por exemplo, para uma fratura que normalmente exige 45 dias de afastamento, se o atestado propuser 90 dias, o trabalhador será submetido a uma avaliação médica presencial.

As mudanças também podem impactar categorias específicas, como desempregados durante o período de carência, microempreendedores, autônomos e trabalhadores rurais. Nesses casos, o prazo máximo pode ser reduzido para 30 ou 60 dias, e novas solicitações exigirão perícia médica presencial.

Motivos para as alterações

O objetivo das mudanças é minimizar fraudes e pagamentos indevidos, decorrentes do aumento das despesas com o benefício.

A expectativa é que a revisão agilize o processo de concessão e reduza o tempo de espera, além de evitar pagamentos retroativos que ocorrem quando a concessão é atrasada.

Como as mudanças podem impactar

Com as novas diretrizes, o governo busca economizar, pois o trabalhador receberá o benefício de forma mais rápida, sem a necessidade de esperar pela perícia médica. Isso reduz o risco de pagamentos retroativos e juros, que ocorrem quando a concessão demora além do necessário.

Essas alterações prometem trazer mais eficiência ao sistema de concessão de benefícios, garantindo que os recursos sejam utilizados de maneira mais eficaz e que as despesas com o auxílio-doença sejam controladas.

Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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