Greve no Banco do Brasil e Caixa Econômica a partir de hoje (09): Veja o que esperar
A partir desta segunda-feira (09), os trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal iniciam uma greve por tempo indeterminado, após a rejeição das propostas apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A decisão foi tomada em assembleia na última sexta-feira (06), marcando a insatisfação dos bancários com as ofertas de reajuste salarial e benefícios.
O movimento promete impactar diretamente o atendimento ao público, levando incertezas sobre a continuidade de serviços essenciais. Neste artigo, analisamos as principais demandas dos trabalhadores e o que está em jogo nas negociações.
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Propostas da Fenaban e a insatisfação dos trabalhadores
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que previa um reajuste de 4,64% em 2024 com aumento real de 0,7% e reajuste de 15% nos pisos salariais, não agradou os trabalhadores. Para 2025, a oferta foi de um aumento real de 0,6% acima da inflação, o que também foi considerado insuficiente.
Outro ponto incluía a criação de 3.000 vagas de formação para mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI) e o reajuste de 8% na verba de requalificação, totalizando R$ 2.285,00. No entanto, o sindicato considerou esses valores inaceitáveis, alegando que não repõem adequadamente as perdas inflacionárias e comprometem o poder de compra dos trabalhadores.
Propostas do Banco do Brasil: acordo coletivo de trabalho
O Banco do Brasil ofereceu uma série de propostas para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Entre os principais pontos estão o limite de sete salários por ano para o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a criação de 4 mil vagas para uma nova função de 6 horas com salários superiores aos dos caixas. Outras 2.700 vagas seriam destinadas a funções de 8 horas com remuneração superior à de supervisores de atendimento.
Além disso, há a promessa de rever questões de saúde e previdência até 2025 e ampliação de faixas de pontuação, o que beneficiaria cerca de 50% dos funcionários de imediato.
Propostas da Caixa Econômica Federal: flexibilidade e inclusão
Na Caixa Econômica Federal, as propostas focaram na flexibilidade para as mães, que poderiam ceder até 60 dias de licença-maternidade para o pai, caso ambos sejam empregados do programa Empresa Cidadã.
Outra novidade seria a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho em até 25% para acompanhamento de filhos ou dependentes com deficiência.
A Caixa também propôs a efetivação de até 500 novos empregados nas funções de caixa e tesoureiro com jornada de 6 horas e a proibição do banco de horas negativas impostas pelo gestor, passando a decisão para o empregado.
O que esperar da greve
Com a paralisação das atividades nas agências, clientes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal podem enfrentar dificuldades no atendimento presencial, especialmente em serviços relacionados a operações bancárias cotidianas.
A greve também pode afetar prazos e processos internos das instituições, como a liberação de financiamentos e atendimento a demandas empresariais.
Até o momento, não há previsão de retomada das negociações, o que mantém a greve sem um prazo definido para término.
Imagem: Studio Romantic / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital