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Pesquisa aponta que valor do VR deveria ser 110% maior que a média atual

Uma nova pesquisa revela uma discrepância significativa entre o valor atual do vale-refeição e o custo real das refeições.

Segundo o estudo da Ticket, o benefício, crucial para muitos trabalhadores brasileiros, está abaixo do necessário para cobrir as despesas alimentares mensais.

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VR: benefício insuficiente para cobrir o mês

A pesquisa indica que a média nacional do vale-refeição é suficiente para cobrir apenas 10 dias úteis de alimentação, deixando uma lacuna para os 22 dias úteis do mês.

Para suprir todas as necessidades alimentares, o valor ideal do benefício deveria ser de R$ 1.135,42. No entanto, a média concedida pelas empresas é de apenas R$ 540,55, um déficit de cerca de 110%.

Custo real das refeições

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Imagem: Stokkete/Shutterstock.com

O levantamento revelou que o custo médio de uma refeição completa, incluindo prato principal, bebida, sobremesa e café, é de R$ 51,61.

Esse valor é consideravelmente superior ao benefício médio concedido, que não cobre nem mesmo metade dos dias úteis do mês.

Diferenças regionais

A situação varia conforme a região do Brasil. No Sudeste, região com custo de vida mais alto, o vale-refeição pode cobrir até 12 dias úteis. Contudo, com um preço médio de refeição de R$ 54,54, o benefício ideal seria de R$ 1.199,88, enquanto a média concedida é de R$ 652,95, representando um déficit de 84%.

No Sul, o preço médio de uma refeição é de R$ 48,91, e o valor ideal para cobrir todas as refeições seria de R$ 1.076,02. No entanto, o benefício médio é de R$ 580,94, permitindo que o vale-refeição dure cerca de 12 dias.

No Nordeste, a situação é ainda mais crítica. Com um preço médio de refeição de R$ 49,09, o valor ideal do benefício seria de R$ 1.079,98. No entanto, o benefício médio na região é de apenas R$ 411,21, o que limita o vale-refeição a cerca de 8 dias úteis.

Impactos da insuficiência do benefício

A disparidade entre o valor ideal e o concedido reflete diretamente no orçamento dos trabalhadores. Muitos são forçados a complementar os custos das refeições diárias ou optar por alternativas menos saudáveis e mais baratas.

A pesquisa destaca a necessidade urgente de reajustes no vale-refeição para que ele se ajuste ao custo de vida e garanta uma alimentação adequada ao longo do mês.

Conclusão

A pesquisa revela uma necessidade clara de ajuste no valor do vale-refeição, que deveria ser aproximadamente 110% maior do que o benefício atual para cobrir adequadamente todas as refeições dos trabalhadores.

Esse ajuste é essencial para alinhar o benefício com o custo real de vida e assegurar uma alimentação digna para todos.

Imagem: Robert Kneschke / shutterstock.com

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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