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Perícia do INSS: 4 atitudes que podem levar ao corte imediato do benefício

A perícia médica realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é essencial para a concessão de benefícios por incapacidade, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Mesmo com a modernização do sistema, incluindo a perícia digital, o processo ainda gera dúvidas e receios entre os segurados.

Ao longo dos últimos anos, o tempo de espera pela perícia variou bastante, chegando a ultrapassar 180 dias em alguns casos. Hoje, com a implementação do Atestmed, sistema que avalia atestados médicos, o prazo de análise tem sido reduzido, variando de 30 a 55 dias.

Entretanto, existem alguns aspectos que o segurado deve estar atento ao passar pela perícia, já que erros comuns podem comprometer a aprovação do benefício. A seguir, confira quatro equívocos frequentemente cometidos durante o processo.

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Imagem: Freepik e shutterstock/edição: Seu Crédito Digital

1. Acreditar que a doença garante o benefício

Um erro comum entre os segurados é pensar que a doença, por si só, dá direito ao benefício. O INSS não trabalha com uma lista fixa de enfermidades que asseguram o acesso aos benefícios por incapacidade. Na realidade, o que determina se o trabalhador tem direito é o grau de incapacidade causado pela doença, ou seja, o quanto ela impede a pessoa de exercer suas funções profissionais.

A recomendação é que, durante a perícia, o trabalhador leve todos os documentos médicos que comprovem sua incapacidade, como laudos, exames e receitas. A apresentação de uma documentação detalhada pode fazer toda a diferença na aprovação do benefício.

2. Falta de documentos obrigatórios

Ir à perícia sem os documentos exigidos é um dos erros mais graves e comuns. O segurado precisa, antes de tudo, saber exatamente quais papéis levar no dia da consulta. Em geral, são necessários:

  • Documento de identificação com foto;
  • Carteira de Trabalho;
  • Laudos médicos recentes;
  • Atestado médico do primeiro profissional que identificou a incapacidade;
  • Comprovante da deficiência (quando aplicável).

Todos os documentos devem estar atualizados e, preferencialmente, emitidos por especialistas da área de saúde relacionada à doença ou incapacidade do trabalhador.

3. Falta de objetividade durante a consulta

É importante entender que a perícia médica do INSS não é uma consulta médica tradicional. O objetivo do perito é avaliar se a doença incapacita o trabalhador de exercer suas funções profissionais. Por isso, é fundamental ser direto e objetivo ao explicar como a condição médica afeta seu desempenho no trabalho. Evite se desviar para assuntos irrelevantes e foque nas limitações que a doença impõe no exercício das suas atividades profissionais.

Descrever com clareza o seu histórico de saúde recente e como a doença afeta sua rotina de trabalho pode acelerar a análise do perito e evitar contratempos na liberação do benefício.

4. Mentir ou exagerar durante a perícia

Um erro que pode prejudicar diretamente a aprovação do benefício é mentir ou exagerar durante a perícia. Algumas pessoas tendem a aumentar a gravidade de suas condições para garantir a liberação mais rápida do benefício. Contudo, esse comportamento pode ser facilmente identificado pelo perito, e se for constatado que as informações apresentadas são falsas, o benefício será negado de imediato.

A honestidade é fundamental nesse processo. Qualquer tentativa de manipular a situação pode não só inviabilizar o recebimento do benefício, como também gerar consequências legais para o trabalhador.

Considerações finais

Esses são alguns dos erros mais comuns que podem comprometer a aprovação de benefícios por incapacidade no INSS.

A perícia médica é um passo crucial nesse processo e, por isso, é essencial que o segurado esteja bem informado e preparado para enfrentar essa etapa.

Imagem: pressfoto/ Freepik

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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