Golpistas criam aplicativos falsos para fraudar pagamentos em lojas físicas
Com o aumento da digitalização nos pagamentos, um novo golpe tem se tornado frequente: a utilização de aplicativos falsos para simular transações financeiras. Esse esquema fraudulento já atinge diversos países da América Latina, incluindo o Brasil, e tem gerado prejuízos consideráveis para lojistas.
De acordo com uma pesquisa da Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, os golpistas criam e comercializam aplicativos que imitam plataformas de pagamento legítimas, enganando comerciantes ao gerar comprovantes falsos.
A prática ilícita tem se tornado mais comum, aproveitando-se da popularidade e da conveniência dos pagamentos digitais, em especial nas transações presenciais realizadas em estabelecimentos comerciais. Os golpistas utilizam esses falsos comprovantes para convencer os atendentes de que a transação foi finalizada, quando, na realidade, nenhuma quantia foi transferida.
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Fraudes em crescimento com uso de engenharia social
Segundo Leandro Cuozzo, analista de segurança da Kaspersky, “eles exploram os pagamentos digitais que ocorrem de forma presencial, ou seja, em lojas e comércios”. A estratégia é simples, mas eficaz: em ambientes movimentados, como lojas cheias, os criminosos criam uma pressão psicológica, induzindo o caixa a aceitar rapidamente o comprovante falso sem a devida verificação.
Além da criação dos aplicativos fraudulentos, o crime se estende à venda dessas ferramentas e ao suporte técnico oferecido aos fraudadores. “Há casos em que é cobrado um pagamento extra para acessar novas funcionalidades que tornam o golpe ainda mais eficiente”, revelou a pesquisa da Kaspersky. Esse suporte inclui técnicas de engenharia social, que ajudam os golpistas a aplicar o esquema com maior sucesso.
Como evitar o golpe : medidas de segurança para lojistas
Uma das maneiras mais eficazes para os comerciantes se protegerem desse tipo de fraude é confirmando o pagamento no próprio dispositivo. A Kaspersky recomenda que os lojistas sempre verifiquem, diretamente no celular ou sistema da loja, se a transação foi de fato concluída.
“Se você não tem a confirmação do banco no seu aparelho sobre o pagamento, desconfie e não dê o produto como pago”, alerta a empresa. Mesmo que o cliente apresente um comprovante, ele pode ser forjado. Cuozzo reforça que os lojistas devem resistir à pressão de locais movimentados e garantir que o pagamento seja validado corretamente antes de finalizar qualquer transação.
Crescimento dos golpes dos aplicativos falsos
Com o aumento da utilização de pagamentos via Pix e outros métodos digitais, a sofisticação dos golpes também tem evoluído.
Os criminosos estão cada vez mais ágeis em explorar brechas no sistema e em usar a psicologia para persuadir as vítimas. Assim, a atenção dos lojistas a cada detalhe do processo de pagamento é fundamental para evitar prejuízos.
Imagem: Freepik