O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um dos auxílios mais importantes pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), atendendo milhões de brasileiros. Voltado para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, o BPC é um alicerce financeiro crucial para essas populações. Em 2025, os beneficiários desse programa podem se preparar para um aumento significativo no valor do benefício, que deve acompanhar o reajuste do salário mínimo.
Recentemente, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de orçamento para 2025, onde se prevê uma elevação do salário mínimo para R$ 1.509. Com isso, o valor do BPC, que segue o piso nacional, também sofrerá reajustes. Neste artigo, vamos explicar quando essa mudança entra em vigor, quem poderá receber e os impactos dessa medida.
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Aumento do BPC: o que mudará em 2025
O governo federal apresentou no seu plano orçamentário de 2025 um aumento no salário mínimo de R$ 1.412 para R$ 1.509, correspondendo a uma elevação de quase 7%. Com essa mudança, o Benefício de Prestação Continuada será reajustado para o mesmo valor, uma vez que o BPC está vinculado ao piso salarial.
Essa decisão faz parte do compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu durante a campanha eleitoral que promoveria aumentos reais no salário mínimo. Vale ressaltar que a proposta ainda depende da aprovação do Congresso Nacional, que deve ocorrer até o final de 2024.
Quando o novo valor do BPC será pago?
A expectativa é que o novo valor do BPC, caso aprovado, comece a ser pago a partir de fevereiro de 2025. Isso significa que os beneficiários devem receber o reajuste no valor de R$ 1.509 referente ao mês de janeiro. Entretanto, o pagamento efetivo dependerá da aprovação do orçamento no Congresso, o que pode gerar alguma expectativa para os usuários do benefício.
Até lá, é importante que os beneficiários acompanhem o desenrolar das discussões no Legislativo e fiquem atentos aos comunicados oficiais para saber exatamente quando o aumento será incorporado às suas rendas.
Quem terá direito ao aumento
O perfil dos beneficiários do BPC para 2025 não deve sofrer grandes mudanças. O programa continuará atendendo idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que estejam em situação de vulnerabilidade social. A única mudança significativa que pode impactar a concessão do benefício é o pente-fino que o governo federal está promovendo, com o objetivo de verificar possíveis fraudes.
O Ministério da Previdência informou que não haverá mudanças nas regras de elegibilidade, mas beneficiários que não atenderem aos critérios de vulnerabilidade podem ser excluídos do programa.
Impactos no orçamento
As despesas com o BPC já ultrapassaram R$ 100 bilhões até março de 2024, e o aumento no valor do benefício tende a ampliar ainda mais esses gastos. Com a média mensal de pedidos de inclusão no benefício aumentando em 40% no primeiro semestre de 2024, o governo federal está buscando formas de conter o crescimento desenfreado dessas despesas.
Entre as ações previstas, está o já mencionado pente-fino, que deve economizar até R$ 6,4 bilhões ao eliminar fraudes e pagamentos irregulares. Essa medida, no entanto, não deverá alterar as regras de concessão do benefício para aqueles que realmente têm direito.
Mudanças no benefício: o que esperar?
Apesar da preocupação com o aumento das despesas, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, já afirmou que não há planos de desvincular o BPC do salário mínimo. Segundo ele, o conceito original do benefício está diretamente ligado ao piso nacional e é improvável que haja alterações nesse sentido, visto que os beneficiários do BPC enfrentam altos custos com medicamentos, alimentação e outros cuidados essenciais.
Se tudo seguir conforme planejado, o aumento do BPC em 2025 trará um alívio financeiro para milhares de brasileiros que dependem desse benefício para manter sua dignidade e qualidade de vida. Acompanhe as próximas atualizações e fique atento às decisões do Congresso Nacional sobre o orçamento.
Imagem: bialasiewicz / Envato