Brasil alcança taxa de desemprego de 6,6% em agosto, menor nível desde 2012
O Brasil atingiu um marco significativo em suas estatísticas de emprego: a taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre encerrado em agosto de 2024, o que representa o nível mais baixo desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.
Essa queda, embora levemente abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previa uma taxa de 6,7%, sinaliza um cenário de recuperação econômica e crescimento no número de trabalhadores no país.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 27, revelam que a redução do desemprego se deve, em parte, ao aumento da demanda por trabalho em diversos setores da economia.
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Queda da taxa de desemprego
A taxa de desemprego no Brasil sofreu uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre de março a maio de 2024. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 1,2 ponto percentual. O total de pessoas desocupadas, ou seja, aquelas que ativamente buscavam emprego, diminuiu para 7,3 milhões, o menor número desde janeiro de 2015.
A expansão do número de trabalhadores no país também é um ponto positivo: o Brasil registrou 102,5 milhões de trabalhadores, um novo recorde. De acordo com o IBGE, houve uma redução de 6,5% na população desocupada no trimestre, representando 502 mil pessoas a menos em busca de emprego. Na comparação anual, essa redução foi ainda mais significativa, com 1,1 milhão de pessoas a menos procurando ocupação.
Crescimento no emprego formal
Os dados da PNAD Contínua mostram um aumento no número de empregados do setor privado, que chegou a 52,9 milhões, a maior cifra desde 2012. O crescimento foi de 1,7% em relação ao trimestre anterior, correspondendo a 882 mil novos postos de trabalho. Na comparação anual, a alta foi de 4,9%, ou seja, 2,5 milhões de trabalhadores a mais no setor.
O Comércio se destacou como o principal impulsionador dessa ocupação, com um crescimento de 1,9% no trimestre e 19,5 milhões de trabalhadores, o maior número registrado na série histórica da PNAD Contínua. O setor privado também alcançou recordes em termos de empregados com carteira assinada, totalizando 38,6 milhões, e aqueles sem carteira, com 13,2 milhões.
Emprego no setor público e rendimento médio
O setor público também apresentou crescimento, com o número de empregados alcançando 12,8 milhões. Houve um aumento de 1,8% no trimestre e 4,3% no ano, impulsionado principalmente pelo grupo de servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,5% no trimestre.
Além disso, o rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.228, com uma alta de 5,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A soma das remunerações de todos os trabalhadores, conhecida como massa de rendimentos, alcançou R$ 326,2 bilhões, apresentando um aumento de 1,7% no trimestre e 8,3% na comparação anual.
Conclusão
Os dados da PNAD Contínua revelam uma trajetória de recuperação no mercado de trabalho brasileiro, com a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos e um aumento significativo na formalização de empregos.
Essa tendência positiva, juntamente com o crescimento no rendimento médio, pode indicar uma fase de estabilidade e desenvolvimento para a economia nacional.
Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com