O Banco Central (BC) revelou, nesta segunda-feira, um novo incidente de segurança envolvendo o sistema de pagamentos instantâneos Pix. Este é o décimo vazamento registrado em 2024 e, desta vez, mais de 53 mil chaves, vinculadas à Qesh Instituição de Pagamento, foram expostas entre os dias 10 e 19 de setembro.
Apesar do grande número de registros afetados, o BC assegura que não houve comprometimento de dados sensíveis, como senhas ou informações financeiras, aliviando preocupações sobre possíveis fraudes.
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Detalhes do vazamento das chaves do Pix
De acordo com o BC, o incidente decorreu de “falhas pontuais” na administração da Qesh, mas não houve exposição de dados que permitissem o acesso às contas dos usuários.
As informações comprometidas são de natureza cadastral, limitando-se a dados que não permitem movimentação financeira.
Comunicação com os atingidos
O Banco Central comunicou que as pessoas cujas chaves foram afetadas serão notificadas apenas por meio dos aplicativos ou plataformas de internet banking de suas instituições financeiras.
O BC já tomou as providências necessárias para investigar o caso e planeja aplicar as sanções apropriadas conforme a legislação vigente.
Medidas preventivas
Para combater fraudes e golpes relacionados ao Pix, o Banco Central está implementando novas medidas. A partir de novembro, as transferências realizadas em dispositivos novos, que não tenham um cadastro prévio, serão limitadas a R$ 200, com um teto diário de R$ 1.000.
Além disso, uma nova penalidade de R$ 100 mil foi estabelecida para instituições que não cumprirem as normas relacionadas ao uso das chaves do Pix.
Higienização da base de dados
Outra iniciativa em andamento é a “higienização” periódica da base de dados do Pix, que visa remover chaves que não estejam em conformidade, mesmo sem a autorização dos usuários.
Embora o BC não tenha definido um cronograma específico para essa ação, ela é considerada essencial para aumentar a segurança do sistema.
Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
