A partir desta terça-feira (1º), os consumidores de energia elétrica enfrentarão um aumento considerável em suas contas, com a ativação da bandeira vermelha patamar 2.
Esse é o nível mais elevado no sistema tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a mudança representa um aumento significativo no custo por 100 quilowatts-hora (kWh), passando de R$ 4,463 para R$ 7,877.
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Reajuste na conta de luz: entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel foi criado em 2015 com o objetivo de tornar mais transparente a cobrança de custos adicionais na conta de energia elétrica, incentivando os consumidores a adaptar seu consumo. As bandeiras tarifárias funcionam como um indicativo de quão caro está a geração de energia no país.
O sistema é composto por três cores: verde, amarela e vermelha, sendo esta última subdividida em dois patamares. Quando a bandeira verde está em vigor, não há cobrança adicional. Já a amarela e a vermelha indicam a necessidade de aumentar a tarifa, com o patamar 2 da bandeira vermelha representando o maior custo.
Por que a bandeira vermelha foi acionada?
A decisão de acionar a bandeira vermelha patamar 2 foi tomada pela Aneel na última sexta-feira (27), motivada pelo risco hidrológico, ou seja, a baixa nos níveis dos reservatórios e o aumento do preço da energia no mercado. A agência explicou que o custo da energia está diretamente ligado ao que foi produzido e não contratado, gerando a necessidade de reajuste.
“A bandeira tarifária permite que os consumidores acompanhem de forma clara os custos da geração de energia e ajustem seu consumo, buscando uma conta de luz mais acessível”, explica a nota divulgada pela Aneel.
Como isso afeta o consumidor?
Com a ativação da bandeira vermelha patamar 2, os consumidores devem se preparar para uma alta significativa na conta de energia.
Para cada 100 kWh consumidos, o aumento será de R$ 7,877, impactando diretamente o orçamento doméstico, principalmente em tempos de maior uso de energia, como os meses de verão.
Adaptação e economia de energia
Diante desse cenário de aumento tarifário, adotar práticas de economia de energia é essencial para reduzir o impacto no bolso. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a manter sua conta de luz sob controle:
- Desligue os aparelhos da tomada quando não estiverem em uso
Muitos aparelhos, como carregadores, televisores e micro-ondas, continuam consumindo energia mesmo quando estão desligados. Desconectar esses dispositivos da tomada pode gerar uma economia considerável ao longo do mês; - Use lâmpadas de LED
Lâmpadas de LED são até 80% mais eficientes do que as incandescentes e fluorescentes, além de durarem muito mais tempo. Substituir lâmpadas antigas por modelos de LED pode fazer uma grande diferença no consumo de energia; - Aproveite a luz natural
Durante o dia, aproveite ao máximo a iluminação natural e evite acender as luzes desnecessariamente. Manter janelas e cortinas abertas ajuda a iluminar os ambientes sem gastar energia; - Evite o uso excessivo de aparelhos como ar-condicionado e aquecedor
Esses são grandes vilões no consumo de energia. Quando possível, opte por ventiladores, use roupas apropriadas para o clima e regule a temperatura para evitar gastos excessivos; - Mantenha a manutenção de seus aparelhos em dia
Aparelhos mal conservados tendem a gastar mais energia. Limpe regularmente filtros de ar-condicionado e verifique o estado de eletrodomésticos para garantir que estejam funcionando de maneira eficiente.
Com essas práticas, é possível reduzir o consumo de energia e minimizar o impacto do reajuste tarifário. O sistema de bandeiras tarifárias busca justamente incentivar o uso consciente e evitar desperdícios, ajudando a controlar os gastos com eletricidade.
Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
