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Manutenção do sistema Pix custa até R$ 50 milhões por ano, revela Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, trouxe à tona informações reveladoras sobre os custos associados ao sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. Em evento promovido pelo Mercado Bitcoin e pela BlackRock, Campos Neto destacou que, embora a implementação inicial do sistema tenha custado R$ 15 milhões, os gastos operacionais aumentaram consideravelmente com o crescimento no uso da ferramenta.

Atualmente, o BC destina entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões anualmente para manter o funcionamento do Pix, que se tornou um dos meios de pagamento mais populares do Brasil.

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A evolução dos custos operacionais do Pix

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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com

Desde sua implementação, o Pix superou as expectativas do Banco Central em termos de aceitação e utilização. Originalmente, a ferramenta era vista como um recurso voltado principalmente para transações no atacado, mas se tornou amplamente utilizada para transferências de valores menores.

“O Pix foi relativamente barato. Estamos falando de alguma coisa perto de R$ 15 milhões para construir. À medida que você vai crescendo, e a gente tem dias de R$ 240 milhões em operações, você tem um custo (maior) da operacionalização, que é de R$ 40 milhões, R$ 50 milhões por ano”, afirmou Campos Neto.

Integração de sistemas de pagamento internacional

Em sua fala, Campos Neto também mencionou a colaboração com o G20, que reúne as vinte maiores economias do mundo, para integrar sistemas de pagamento entre os países.

Nesse contexto, destacou a liderança do presidente do Banco Central italiano, Fabio Panetta, no desenvolvimento de uma governança que visa otimizar os pagamentos internacionais. Ele observou que, embora o sistema bancário global tenha evoluído desde 2019 — quando a forma mais rápida de transferir £ 1 milhão para Londres era via transporte aéreo — ainda existem barreiras que dificultam a agilidade nas transações transfronteiriças.

“Hoje tem um grupo que está trabalhando nessa governança, que a gente chama de taxonomia de pagamentos transfronteiriços. […] E a gente tem trabalhado no G20 neste projeto”, revelou o presidente do BC.

Novas funcionalidades do Pix

Além dos custos e das integrações internacionais, Campos Neto também anunciou novidades para o Pix. Ele afirmou que o Banco Central planeja lançar a funcionalidade de pagamentos por aproximação, permitindo que os consumidores cadastrem suas chaves em carteiras digitais e realizem pagamentos com mais agilidade.

Outra novidade em estudo é a implementação do sistema de bloqueio reverso nos pagamentos via Pix, prevista para o próximo ano. Essa inovação poderia posicionar o Pix como uma alternativa viável aos cartões de crédito, ampliando ainda mais sua funcionalidade no mercado financeiro.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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