Governo considera inclusão de novo grupo no Bolsa Família e Cadastro Único; entenda
O governo federal brasileiro está avaliando a possibilidade de incluir os repatriados do Líbano nos programas sociais, como o Cadastro Único (CadÚnico) e o Bolsa Família. Essa análise surge em resposta ao retorno dos brasileiros que deixaram o país em meio a uma crise humanitária.
Com a chegada do primeiro grupo na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, a iniciativa busca identificar e atender as necessidades de vulnerabilidade das famílias, garantindo o suporte social necessário para a reintegração desses cidadãos.
A medida ressalta o compromisso do governo em oferecer amparo e assistência a todos os que necessitam, especialmente em momentos críticos.
Leia mais:
Bolsa Família: Saiba quando você vai receber o seu benefício!
Inclusão no Bolsa Família: identificando vulnerabilidades
O comunicado emitido pelo Palácio do Planalto destaca que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome formou uma equipe de assistentes sociais para analisar as circunstâncias dos repatriados.
“O Ministério do Desenvolvimento Social escalou um time de assistentes sociais para casos em que a família não tenha mais vínculos definidos no Brasil. Se for necessário, a pasta atua numa política de abrigamento e avalia situações de vulnerabilidade para agilizar acesso ao Cadastro Único e a programas como o Bolsa Família”, diz o texto.
A análise visa não apenas facilitar o acesso aos programas sociais, mas também proporcionar um suporte adequado para aqueles que não possuem mais laços sólidos no Brasil. Essa ação se torna ainda mais relevante diante do contexto de fragilidade em que essas famílias se encontram após sua repatriação.
Recepção dos repatriados
O primeiro grupo de brasileiros chegou ao Brasil neste domingo (6), às 10h25, trazendo 228 repatriados e três animais domésticos. A recepção contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de membros das equipes ministeriais, que estavam atentos ao processo de acolhimento.
Para garantir a saúde e segurança dos repatriados, o governo enviou integrantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) ao local. As equipes estão responsáveis por prestar atendimentos emergenciais e atualizar a caderneta de vacinação dos passageiros. Profissionais de saúde foram divididos em grupos que falam português, árabe ou francês, facilitando a comunicação e o acolhimento.
Além dos profissionais de saúde, servidores da Polícia Federal, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Receita Federal também foram designados para assegurar um processo de imigração tranquilo e eficiente. Essa coordenação interministerial demonstra um esforço conjunto do governo para atender às necessidades emergenciais dos repatriados.
Suporte contínuo
O governo federal enviou ainda uma equipe de 35 profissionais dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Saúde, dos Direitos Humanos, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Essa ação visa atender às eventuais necessidades dos passageiros, reforçando a rede de apoio disponível.
Com a inclusão dos repatriados nos programas sociais, o governo pretende garantir que esses brasileiros tenham acesso a recursos que facilitem sua reintegração à sociedade, promovendo a dignidade e o bem-estar dessas famílias em um momento de vulnerabilidade.
Imagem: stockking – Freepik / wirestock – Envato