A expectativa em torno da possibilidade de o horário de verão voltar a ser adotado no Brasil em 2024 está prestes a ser resolvida. O Ministério de Minas e Energia marcará uma reunião na próxima terça-feira (15) para discutir a implementação da medida ainda este ano.
O ministro Alexandre Silveira, que retornará ao trabalho antecipadamente de suas férias, será o responsável por essa decisão crucial. Em declarações recentes, Silveira destacou a urgência da questão, afirmando que “se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão”.
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Retorno do horário de verão: urgência na decisão
A reunião foi agendada para uma data próxima devido à “imprescindibilidade de ser agora”, conforme mencionou Silveira. Ele enfatizou a importância da previsibilidade em políticas públicas de grande impacto, como o horário de verão, especialmente entre 15 de outubro e 30 de novembro.
“Não tem como não ser esta semana, porque não daria tempo de aproveitar a melhor janela que é novembro, se não for tomada a decisão, esta semana”, acrescentou.
Considerações sobre a crise hídrica
Além das questões energéticas, o ministro abordou a grave crise hídrica que o Brasil enfrenta, ressaltando que “desde 1950, quando ele mede a questão pluviométrica no Brasil, nós vivemos a pior crise hídrica dos últimos 73 anos”.
Silveira destacou que a adoção do horário de verão poderia ajudar a preservar os recursos hídricos e garantir a eficiência energética.
Impacto nas eleições
Silveira também tranquilizou a população, afirmando que a possível implementação do horário de verão não interferirá nas eleições, programadas para o dia 27 deste mês.
“Se ele for decretado, não pega a eleição, porque tem que ter no mínimo 20 dias para que setores extremamente importantes se planejem”, declarou.
Uma política pública global
O ministro argumentou que o horário de verão deve ser tratado como uma política pública, e não ideológica, observando que “é uma política pública que não é nacional. É implementada em vários países e em especial em países desenvolvidos.”
Ele ressaltou que a decisão será baseada em evidências e no bem-estar da população, afirmando que “o farei, com a coragem de quem tem que decidir”.
Desafios futuros no setor elétrico
Em uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou suas projeções sobre o sistema elétrico de outubro de 2024 a março de 2025, destacando a incerteza quanto à precipitação nos próximos meses. “As projeções indicadas pelos estudos prospectivos são utilizadas para apoiar tomadas de decisões pelo colegiado do CMSE”, afirmou o ONS.
A decisão sobre a adoção do horário de verão será um ponto crucial na estratégia do governo para gerenciar os desafios energéticos e hídricos que o país enfrenta.
Imagem: Mateus Andre / Freepik
