O retorno do horário de verão no Brasil está prestes a ser definido. Nesta terça-feira, 15 de outubro, o Ministério de Minas e Energia se reunirá em Brasília para discutir a implementação dessa medida, considerando a grave crise hídrica que o país enfrenta. Com o objetivo de avaliar os riscos energéticos e garantir um uso mais eficiente da energia, a reunião liderada pelo ministro Alexandre Silveira pode impactar diretamente a rotina de milhões de brasileiros.
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Avaliação do cenário hídrico
O ministro Silveira anunciou que a reunião de hoje é crucial, especialmente em um momento marcado pela pior seca em 73 anos.
Durante um evento recente na Itália, ele destacou que a equipe técnica do ministério analisará a necessidade do horário de verão e o impacto que ele pode ter na preservação dos recursos hídricos. “Conseguimos preservar cerca de 13% da água do sistema mesmo diante das dificuldades”, afirmou.
Consentimento do presidente
A decisão final sobre a adoção do horário de verão também conta com o respaldo do presidente Lula, que autorizou a medida caso ela se mostre necessária.
Silveira enfatizou que a avaliação precisa ser ágil, permitindo que setores afetados se preparem adequadamente para as possíveis mudanças.
Importância da previsibilidade
O ministro ressaltou a relevância da previsibilidade em políticas públicas de grande impacto, como o horário de verão.
“O período entre 15 de outubro e 30 de novembro é crítico, e até 15 de dezembro a importância da medida se mantém alta”, explicou Silveira, indicando que os próximos meses são essenciais para a estratégia de economia de energia.
Opinião pública dividida
O retorno do horário de verão gera opiniões divergentes entre os brasileiros. De acordo com uma pesquisa Datafolha, 47% da população é a favor da mudança, enquanto outra parcela igual se opõe.
Com uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%, a pesquisa reflete a polarização em torno do tema.
Conclusão
A reunião de hoje marcará um passo significativo na definição do horário de verão e suas implicações para o consumo de energia no Brasil.
A decisão, que não deve ocorrer antes do segundo turno das eleições municipais, será embasada em critérios técnicos e análises cuidadosas sobre os impactos sociais e econômicos da medida.
Imagem: Freepik
