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Conquiste seu primeiro imóvel: Jovens são os principais compradores no ‘Minha Casa Minha Vida’

Nos últimos anos, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem se mostrado um pilar essencial para a aquisição da casa própria no Brasil, especialmente entre os jovens. De 2021 até outubro de 2024, foram mais de R$ 255 bilhões investidos, resultando em 1,63 milhão de contratos de financiamento para pessoas físicas. Desses, mais da metade — 50,2% — beneficiou jovens na faixa etária de 18 a 30 anos, com destaque para os que têm entre 18 e 25 anos. Essa realidade reflete não apenas a busca por independência habitacional, mas também as oportunidades de financiamento acessíveis que o programa oferece. Neste artigo, abordaremos como jovens estão conquistando seu primeiro imóvel através do MCMV e quais são as condições para participar.

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Imagem: RossHelen / Envato

A pesquisa realizada pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério das Cidades revela que o imóvel na planta é o tipo mais procurado por essa faixa etária, representando 52,7% das contratações. As condições de financiamento, aliadas a subsídios governamentais que diminuem o valor das parcelas e as taxas de juros, tornam essa opção ainda mais atraente.

“O programa tem uma importância muito grande no mercado imobiliário, na economia brasileira, porque obriga a construção de milhares de imóveis e isso tudo movimenta uma indústria periférica gigantesca. E por mais que se divulgue, tem um número grande de pessoas com possibilidade de se beneficiar do programa que acabam não se inscrevendo”, destaca José Augusto Neto, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP).

Faixas de renda e benefícios

O Minha Casa Minha Vida é voltado para famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil em áreas urbanas e com renda anual bruta de até R$ 96 mil para áreas rurais. O programa é dividido em três faixas de renda, cada uma com suas especificidades:

Faixa 1

  • Renda: Famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.850,00 nas áreas urbanas; até R$ 40.000,00 anuais nas rurais.
  • Atendimento: Famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou são participantes do Bolsa Família têm direito ao imóvel 100% gratuito. As taxas de juros são de 4% para as regiões Norte e Nordeste e de 4,25% para as demais.

Faixa 2

  • Renda: Famílias com renda bruta mensal entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700,00 nas áreas urbanas; entre R$ 40.000,01 e R$ 66.600,00 nas rurais.
  • Atendimento: O imóvel é adquirido por meio de financiamento, com juros variando entre 4,75% e 7% ao ano.

Faixa 3

  • Renda: Famílias com renda bruta mensal entre R$ 4.700,01 e R$ 8.000,00 nas áreas urbanas; entre R$ 66.600,01 e R$ 96.000,00 nas rurais.
  • Atendimento: Financiamento habitacional com imóveis avaliados em até R$ 270 mil, com juros limitados a 8,16% ao ano.

É importante notar que benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente e seguro-desemprego não são considerados no cálculo da renda bruta familiar.

Como participar do Minha Casa Minha Vida

Para aqueles que se enquadram na Faixa 1 e desejam acessar as unidades habitacionais subsidiadas, a inscrição deve ser feita através dos cadastros habitacionais locais, geridos pelo governo do Estado ou por municípios. A seleção dos beneficiários segue critérios estabelecidos nessas instâncias.

Financiamento

Para todas as faixas, o primeiro passo é encontrar um imóvel que atenda aos critérios do programa. Após isso, os interessados devem procurar a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil para que o financiamento seja avaliado. É essencial passar pela análise de risco de crédito para a aprovação.

Preparação para a aquisição do primeiro imóvel

Especialistas em investimentos recomendam que o comprador tenha uma entrada de pelo menos 30% do valor do imóvel e uma reserva de emergência. José Augusto Balotari, assessor da Manchester Investimentos, destaca: “Acredito que até 30% seja um número confortável para se programar a dar de entrada em seu primeiro imóvel. Além disso, é importante se programar a ter um recurso de reserva para pagar possíveis taxas que possam aparecer ao decorrer do contrato.”

Consórcio de imóveis

O consórcio também se apresenta como uma alternativa viável. De acordo com levantamento da fintech Mycon, 72% dos participantes têm entre 24 e 48 anos.

O consórcio funciona como um sistema de financiamento coletivo, onde um grupo de pessoas se reúne para adquirir imóveis, terrenos ou realizar reformas.

Diferenças entre financiamento e consórcio

Embora ambos os modelos ajudem na aquisição de bens, as diferenças são significativas. No financiamento, há juros sobre o valor emprestado, enquanto no consórcio, a administradora cobra uma taxa de gestão.

Além disso, o financiamento exige entrada, enquanto no consórcio, não há necessidade imediata de uma quantia inicial.

Conclusão

O programa Minha Casa Minha Vida tem se consolidado como um facilitador para a realização do sonho da casa própria, especialmente entre os jovens.

Com condições acessíveis e diversas opções de financiamento, essa iniciativa continua a transformar a vida de milhares de brasileiros. Conhecer os requisitos e se preparar adequadamente são passos fundamentais para garantir o acesso a esse importante benefício habitacional.

Imagem: Roman Samborskyi / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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