Governo define: Horário de verão não será retomado este ano
Em 2024, o horário de verão não será restabelecido, conforme anúncio do governo. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após análise de estudos recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O governo concluiu que não há necessidade de implementar a medida neste verão, assegurando que a segurança energética do país está garantida.
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Avaliação do governo e futuro da política
Durante entrevista, o ministro Alexandre Silveira destacou que, embora o horário de verão não seja necessário neste ano, ele não está descartado para os próximos.
O governo planeja reavaliar a política em 2025, especialmente em cenários de crise energética. “A política voltou a ser considerada no Brasil e não está descartada para períodos posteriores”, afirmou o ministro.
Contexto da decisão
A possibilidade de retomar o horário de verão foi inicialmente cogitada por conta da seca, que afeta o sistema de geração de energia. Entretanto, o período chuvoso e a resistência de alguns setores, como o das companhias aéreas, que teriam de redesenhar suas operações, enfraqueceram o debate. Além disso, a decisão de retomar o horário de verão só seria tomada após o segundo turno das eleições, mas acabou sendo descartada para este ano.
Impactos e discussão
Diversos setores da economia se posicionaram sobre o tema. Enquanto o turismo, bares e restaurantes apoiam a medida, parte da indústria teme um aumento nos custos de produção. A economia gerada pelo horário de verão, que em anos anteriores chegou a R$ 400 milhões, foi um dos pontos de debate.
Apesar disso, o governo decidiu que outras alternativas devem ser avaliadas para lidar com o aumento de consumo de energia durante os horários de pico, especialmente durante o calor intenso e em períodos de seca.
Alternativas para segurança energética
O ministro também mencionou que o Ministério de Minas e Energia solicitou ao ONS novos estudos sobre maneiras de compensar a economia que seria obtida com a adoção do horário de verão. Essas alternativas buscam garantir a eficiência do sistema elétrico sem precisar alterar o horário oficial do país.
Com isso, o governo se compromete a continuar monitorando o cenário energético e a discutir soluções que garantam o equilíbrio entre o consumo de energia e a manutenção dos serviços essenciais para a população.
Imagem: Tânia Rêgo / Agência Brasil