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Mudanças no Pix entram em vigor: descubra o que muda e o que fazer

Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o sistema de pagamentos no Brasil, facilitando transações instantâneas entre pessoas e empresas. No entanto, para garantir mais segurança e acompanhar a evolução das ameaças digitais, o Banco Central implementará uma série de mudanças no sistema a partir de novembro de 2024.

As novas regras impactam tanto os usuários quanto as instituições financeiras, trazendo ajustes importantes que visam prevenir fraudes e melhorar a eficiência das transações.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes as mudanças que entram em vigor, como elas afetam o uso do Pix e o que você pode fazer para se adaptar sem perder a praticidade desse sistema.

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Principais mudanças no Pix em 2024

pix por aproximação
Imagem: Miguel Lagoa/shutterstock

As novas diretrizes introduzidas pelo Banco Central focam, sobretudo, na segurança. As mudanças mais significativas envolvem o uso de dispositivos não cadastrados, novas medidas de segurança, auditorias mais rigorosas e a introdução de novos recursos, como o Pix automático.

Limites para dispositivos não cadastrados

Uma das mudanças mais relevantes é a implementação de limites para transações feitas por dispositivos que não estão previamente cadastrados no sistema bancário. Essa medida busca reduzir os riscos de fraudes em casos de roubo ou clonagem de dispositivos.

Como funcionam os novos limites

  • Limite de R$ 200 por transação: Qualquer usuário que tente realizar um Pix utilizando um celular ou computador que não esteja registrado no sistema da instituição financeira estará limitado a transferir até R$ 200 por operação;
  • Limite diário de R$ 1.000: Além do limite por transação, o valor total das transferências realizadas no dia por um dispositivo não cadastrado não poderá ultrapassar R$ 1.000.

Esses limites se aplicam até que o novo dispositivo seja devidamente registrado pelo banco, processo que pode ser feito de forma simples e rápida pelos aplicativos bancários.

Cadastro de novos dispositivos: como evitar bloqueios

Para não enfrentar esses limites, é essencial que os usuários registrem seus novos dispositivos assim que fizerem a troca de celular ou computador. Muitos bancos permitem que o processo de registro seja feito diretamente pelo aplicativo, bastando seguir algumas etapas de autenticação.

Dicas para registrar seu dispositivo

  1. Atualize seus dados: Verifique se todas as suas informações bancárias estão corretas antes de cadastrar o dispositivo;
  2. Siga os procedimentos de segurança: Alguns bancos podem pedir uma validação extra, como o envio de um código via SMS ou e-mail. Tenha essas informações acessíveis;
  3. Antecipe o registro: Caso você utilize o Pix para transações de alto valor, como compras empresariais ou investimentos, registre o novo aparelho antes de precisar realizar essas operações para evitar limites.

Novas medidas de segurança

Além das mudanças relacionadas ao uso de dispositivos, o Banco Central introduziu novas regras que visam aprimorar a segurança das transações realizadas via Pix. Essas medidas incluem um gerenciamento de risco mais rigoroso e auditorias regulares, reforçando o papel das instituições financeiras na prevenção de fraudes.

Gerenciamento de risco

Os bancos serão obrigados a monitorar as transações realizadas pelos clientes de maneira mais detalhada, identificando atividades que não correspondem ao comportamento usual de cada usuário. Isso permitirá que transações suspeitas sejam bloqueadas ou verificadas antes de serem concluídas.

Auditorias semestrais

Outra novidade é a realização de auditorias periódicas, com a revisão das contas e transações realizadas pelas instituições financeiras. Esse procedimento será realizado a cada seis meses, permitindo uma análise mais profunda de contas que possam estar envolvidas em atividades fraudulentas.

Educação e conscientização

Os bancos também terão um papel ativo na educação dos usuários sobre práticas seguras no uso do Pix. Essa ação será essencial para reduzir fraudes como o “golpe do Pix agendado”, onde o fraudador agenda um pagamento e, em seguida, o cancela, deixando a vítima sem o valor esperado.

Impacto para usuários frequentes do Pix

Para quem utiliza o Pix de maneira constante, especialmente em grandes volumes ou para transações empresariais, as novas regras representam tanto desafios quanto oportunidades de maior segurança.

Adapte-se às novas limitações

  • Registro antecipado: Se você costuma trocar de celular ou computador com frequência, vale a pena registrar os dispositivos o quanto antes para evitar qualquer tipo de restrição;
  • Planejamento financeiro: Para quem realiza pagamentos diários de valor mais elevado, como no caso de empreendedores ou investidores, o planejamento será essencial, considerando o novo limite de R$ 1.000 para dispositivos não registrados.

Pix automático: o que esperar em 2025

Além das mudanças imediatas que entram em vigor em 2024, o Banco Central também anunciou a implementação de um recurso chamado Pix automático, que estará disponível em 2025. Esse recurso permitirá que pagamentos recorrentes sejam realizados automaticamente, de maneira semelhante ao débito automático.

Benefícios do Pix automático

  • Praticidade: Com o Pix automático, você poderá programar pagamentos de contas mensais, como água, luz, ou escola, sem precisar realizar a autorização manual de cada transação;
  • Controle financeiro: O usuário poderá estabelecer um limite de valor para os pagamentos automáticos, garantindo que as transações sejam realizadas dentro de um orçamento pré-definido.

Como se preparar para o Pix automático

Embora o Pix automático só esteja previsto para 2025, é importante já ficar de olho em como ele funcionará, principalmente para quem realiza muitos pagamentos recorrentes. Isso pode incluir ajustes nos seus cadastros e limites com o banco, além de monitorar as novidades que as instituições financeiras trarão para essa modalidade.

Conclusão: como essas mudanças fortalecem o Pix

As novas regras do Pix visam, em sua essência, garantir a segurança dos usuários e tornar o sistema mais confiável. Ao limitar transações em dispositivos não cadastrados, implementar auditorias regulares e reforçar a conscientização, o Banco Central busca proteger os brasileiros contra fraudes e golpes.

Para os usuários, é fundamental entender essas mudanças e se preparar, registrando seus dispositivos e acompanhando as orientações dos bancos para manter a fluidez nas transações. Já para o futuro, o Pix automático promete ainda mais praticidade, consolidando o Pix como um dos principais meios de pagamento no Brasil.

Seja você um usuário esporádico ou alguém que utiliza o Pix diariamente, as novas regras exigem atenção para que você possa continuar aproveitando ao máximo essa ferramenta, agora com mais segurança e controle.

Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Ellen D'Alessandro

Ellen é redatora, cursando Letras — Licenciatura/Português e Alemão — na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apaixonada por livros e séries de TV, escrevo também sobre benefícios sociais.

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