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Como saber se um idoso tem direito ao auxílio-doença? Veja os sinais

O benefício por incapacidade temporária, anteriormente conhecido como auxílio-doença, é uma importante assistência social para trabalhadores que não conseguem mais desempenhar suas atividades devido a problemas de saúde. Esse benefício também é acessível para idosos que se encontram em situações incapacitantes. No entanto, nem todos os idosos têm direito ao benefício, e é preciso entender os requisitos específicos para saber quando ele pode ser solicitado. A seguir, explicamos os principais sinais de que um idoso pode ter direito a esse benefício, além dos passos necessários para garantir o acesso ao pagamento.

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Sinais de que um idoso pode ter direito ao benefício

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Imagem: halfpoint / Envato

1. Incapacidade para o exercício do trabalho habitual

A incapacidade para o trabalho é o requisito mais importante para o acesso ao benefício por incapacidade temporária.

Para os idosos, não é necessário que a incapacidade seja total, mas ela precisa interferir nas atividades que o indivíduo realizava antes da condição de saúde. Isso significa que, caso o idoso não consiga mais exercer suas funções profissionais habituais devido a problemas de saúde, ele pode ter direito ao benefício.

Além disso, é necessário que essa incapacidade se mantenha por mais de 15 dias consecutivos para que o benefício seja concedido, conforme a legislação do INSS.

2. Documentação médica: A comprovação da condição

Outro fator determinante para garantir o benefício é a comprovação da doença ou condição de saúde que impossibilita o idoso de trabalhar. Relatórios médicos detalhados, exames laboratoriais e laudos especializados são necessários para que o INSS reconheça a condição incapacitante.

Entre as doenças mais comuns que resultam na concessão do benefício estão as condições ortopédicas, neurológicas e cardiovasculares, mas qualquer problema de saúde que afete a capacidade de trabalho pode ser considerado, desde que haja documentação comprovando a gravidade do quadro.

3. Histórico de contribuições ao INSS

Para obter o benefício, o idoso precisa comprovar que esteve contribuindo ao INSS por um tempo mínimo, geralmente de 12 meses antes de se tornar incapaz para o trabalho. Porém, há exceções. Para segurados facultativos, como estudantes ou donas de casa, o tempo de contribuição pode ser reduzido.

Em determinadas situações, caso o idoso tenha perdido a qualidade de segurado, é possível regularizar sua situação com apenas 6 meses de novas contribuições, desde que o período anterior tenha sido suficiente para garantir o benefício.

4. Agravamento de condições pré-existentes

Em alguns casos, o idoso já pode ter uma doença pré-existente, mas ela se agrava com o tempo e torna-se incapacitante. Quando isso acontece, ele pode ter direito ao auxílio, desde que consiga apresentar provas de que a condição piorou após o início das contribuições ao INSS.

A comprovação do agravamento da doença é um fator importante, pois permite que doenças anteriores, que por si só não impediriam o trabalho, passem a justificar o benefício.

5. Valor do benefício: Quanto o idoso pode receber?

O valor do benefício depende do histórico de contribuições do trabalhador ao INSS. Para idosos, esse valor pode variar, mas em média fica em torno de R$ 1.502,00 mensais. O valor é calculado com base na média das contribuições feitas ao longo da vida laboral, refletindo o quanto o idoso contribuiu para a previdência.

Mesmo com as mudanças nas regras de cálculo da reforma da previdência, o valor do benefício não foi impactado de forma significativa. No entanto, a fórmula de cálculo foi ajustada para garantir maior justiça nas distribuições.

Sistema atual de concessão: Melhoria no processo

Recentemente, o INSS tem implementado um novo sistema para a concessão do auxílio-doença, visando agilizar o processo e reduzir as fraudes. Algumas das mudanças incluem:

  • Processamento mais rápido das solicitações, com triagens mais eficazes;
  • Ajustes automáticos nos prazos de concessão conforme a gravidade da doença e as características do segurado;
  • Monitoramento mais rigoroso para diminuir o risco de fraudes, especialmente no envio de documentos médicos falsificados.

Essas melhorias têm o objetivo de tornar o sistema mais eficiente, justo e transparente, beneficiando os segurados que realmente necessitam do auxílio.

Prorrogação do benefício: Quando solicitar?

Se o idoso continuar incapaz de retornar ao trabalho após o período de concessão do benefício, é possível solicitar a prorrogação. Para isso, é necessário que ele apresente novos laudos médicos que comprovem que a incapacidade permanece.

Vale lembrar que o benefício pode ser prorrogado até que o segurado se recupere e consiga voltar às suas atividades ou, em casos mais graves, até que a incapacidade seja considerada permanente, sendo substituída por outro tipo de benefício.

Imagem: YuriArcursPeopleimages / elements.envato.com

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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