O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrenta uma crescente fila de pedidos que aguardam resposta, impactando milhares de segurados. Em setembro de 2024, o número de solicitações pendentes alcançou a marca de 1,798 milhão, um aumento de 32,9% em apenas três meses. Com esse cenário, o governo, que havia prometido reduzir o tempo de espera para concessão dos benefícios, se vê diante de novos desafios para organizar e agilizar o processo. A seguir, exploramos as causas desse acúmulo, suas implicações e os esforços do governo para resolver a questão.
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O crescimento da fila do INSS
Segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps), o número de pedidos de benefícios que dependem exclusivamente da análise do INSS e da perícia médica chegou a quase 1,5 milhão, enquanto outros 319.831 estão relacionados a pendências documentais dos segurados.
O crescimento da fila reflete não apenas a complexidade do sistema, mas também a necessidade de uma maior eficiência nas análises feitas pela instituição.
Entre junho e setembro, o número de pedidos com atrasos superiores a 45 dias subiu de 541,2 mil para 705 mil. Isso revela um cenário preocupante, já que, em março, o governo prometeu reduzir o tempo de espera para cerca de 30 dias até o final deste ano. No entanto, a realidade mostra que, em setembro, a média estava em 41 dias, evidenciando que a meta ainda está distante de ser alcançada.
Causas do aumento na fila
Uma das razões apontadas para o crescimento da fila do INSS foi a greve dos servidores da instituição, que afetou a agilidade no processamento dos pedidos. A falta de médicos peritos também contribuiu para o aumento no tempo de espera, já que a perícia médica é uma etapa essencial para muitos requerimentos.
Além disso, a instabilidade do sistema de análise e a complexidade dos processos de concessão também colaboraram para a lentidão no atendimento. Esse cenário tem gerado frustração entre os segurados, que têm que lidar com longos períodos de espera e incertezas quanto ao resultado de seus pedidos.
A fila no Estado do Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro tem sido um dos mais afetados pelo aumento da fila de pedidos. Em setembro, o número de requerimentos pendentes no estado chegou a 100.975, marcando um crescimento de 17,22% em comparação com agosto.
Desses pedidos, 79.788 aguardavam apenas a análise do INSS e a perícia médica, enquanto 21.187 estavam relacionados a pendências de documentos que precisavam ser apresentados pelos segurados.
Esse aumento reflete a tendência observada a nível nacional e destaca como o problema é generalizado, afetando diversas regiões do Brasil. No entanto, o Rio de Janeiro, com sua grande população de segurados, acaba sendo um dos estados mais impactados pela demora na concessão de benefícios.
Medidas do governo para resolver a situação
O Ministério da Previdência Social, liderado por Carlos Lupi, tem se esforçado para reduzir os atrasos e melhorar o tempo de resposta do INSS. Em junho, a meta era reduzir a média de concessão de benefícios para 30 dias até o final de 2024. No entanto, o avanço para atingir esse objetivo tem sido mais lento do que o esperado.
Além disso, o governo enfrenta a pressão de encontrar soluções para resolver a fila crescente, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos segurados.
Entre as alternativas discutidas estão o aumento no número de servidores e médicos peritos, a atualização tecnológica do sistema e a implementação de medidas para evitar novos períodos de greve.
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