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Golpes de Pix: Veja como as vítimas variam por idade e classe social

Nos últimos tempos, os golpes envolvendo o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, têm se tornado um problema crescente. Segundo uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em apenas 12 meses, os brasileiros perderam R$ 25,5 bilhões com fraudes, incluindo Pix e boletos falsos. O estudo revela que os idosos são o principal alvo desses criminosos, com prejuízos até quatro vezes maiores do que os registrados por jovens entre 18 e 24 anos, conforme aponta um levantamento da empresa Silverguard.

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O impacto das fraudes no Brasil

Estudos recentes mostram que os golpistas se aproveitam da popularidade do Pix, que facilita transferências rápidas, para aplicar golpes cada vez mais sofisticados.

A pesquisa da Silverguard, que analisou mais de 5.000 denúncias, revelou que o prejuízo médio por vítima é de R$ 2.100, um valor correspondente a 1,5 vezes o salário mínimo.

No entanto, esse número varia bastante conforme a classe social das vítimas. Para as classes AB, o prejuízo médio é de R$ 6.100, enquanto na classe C é de R$ 3.500, e na classe DE, de R$ 1.500.

Como as fraudes afetam diferentes faixas etárias

Pix
Imagem: rafapress / shutterstock.com

O levantamento também identificou como as fraudes se manifestam em diferentes faixas etárias. Abaixo, detalhamos os tipos mais comuns de golpes para cada grupo:

Menores de 18 anos

  • Golpes mais comuns: compras em lojas ou perfis falsos (58%), falsas oportunidades de investimentos (21%) e produtos de perfis hackeados (7,5%).

Jovens de 18 a 29 anos

  • Golpes mais comuns: compras em lojas ou perfis falsos (52%), falsas oportunidades de investimentos (16,5%) e falsas oportunidades de emprego (6%).

Adultos de 30 a 39 anos

  • Golpes mais comuns: compras em lojas ou perfis falsos (42%), falsas oportunidades de investimentos (16%) e falsas oportunidades de emprego (10%).

Faixa etária de 40 a 49 anos

  • Golpes mais comuns: compras em lojas ou perfis falsos (41%), falsas oportunidades de investimentos (13%) e pedidos de empréstimos falsos (11%).

Idosos de 50 a 59 anos

  • Golpes mais comuns: compras em lojas ou perfis falsos (35%), empréstimos falsos (27%) e o golpe da falsa central de atendimento bancário (8%).

Idosos com mais de 60 anos

  • Golpes mais comuns: empréstimos falsos (48%), compras em lojas ou perfis falsos (18%) e o golpe da falsa central de atendimento bancário (7%).

Como os golpistas se comunicam com as vítimas

A pesquisa também apontou os principais meios de comunicação utilizados pelos criminosos para enganar as vítimas.

Para o público mais velho, as fraudes chegam principalmente por aplicativos de mensagem, como WhatsApp. Já os mais jovens são mais vulneráveis aos golpes disseminados por redes sociais.

Tipos de golpes mais frequentes envolvendo Pix

Diversas modalidades de golpes têm sido identificadas, cada uma com características específicas, mas todas aproveitando a popularidade e a rapidez das transferências via Pix. Entre os principais golpes estão:

  • Golpe da compra de produtos ou serviços falsos: Representa 45% dos casos, especialmente entre as faixas etárias mais jovens;
  • Golpe de investimento falso: Envolve ofertas de multiplicação de dinheiro e afeta principalmente as classes AB e C;
  • Golpe de empréstimo falso: Usado para enganar os idosos, que representam a maioria das vítimas nesse tipo de fraude.

Outros golpes recorrentes incluem o uso de QR Codes falsos, clonagem de WhatsApp, fraudes envolvendo leilões falsos e até promessas de dinheiro fácil, com ofertas de retornos exorbitantes em investimentos.

Proteja-se contra os golpes

A melhor maneira de evitar ser vítima de fraudes é a prevenção. Alguns cuidados simples podem fazer toda a diferença:

  • Desconfie de ofertas muito vantajosas: Golpes como promessas de retorno financeiro rápido costumam ser armadilhas;
  • Verifique a autenticidade de sites e perfis: Antes de fazer compras online, especialmente em redes sociais, confirme a legitimidade do vendedor;
  • Use autenticação de dois fatores: Essa medida pode aumentar a segurança das suas contas online.
  • Evite transferências para números desconhecidos: Nunca transfira dinheiro para contas cujas intenções não sejam claras.

Em tempos de avanço tecnológico, estar informado é a melhor maneira de se proteger. Fique atento aos sinais de fraudes e compartilhe essas dicas com amigos e familiares para minimizar os prejuízos.

Fonte: Extra

Imagem: releon8211 / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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