Onde está mais difícil conseguir emprego no Brasil? Conheça os piores estados
Em um cenário de recuperação econômica no Brasil, a busca por empregos formais permanece um desafio em algumas regiões. Embora o país tenha registrado dados promissores sobre a diminuição do desemprego em 2024, a realidade do mercado de trabalho não é homogênea em todos os estados. Algumas unidades federativas apresentam dificuldades consideráveis para gerar empregos com carteira assinada. Neste artigo, vamos explorar quais são os piores estados para se conseguir um emprego formal e analisar as tendências do mercado de trabalho no país.
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O contexto favorável ao emprego formal em 2024
O ano de 2024 é marcado por dados positivos no mercado de trabalho brasileiro. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, revelou uma queda histórica na taxa de desemprego, alcançando 6,6% no segundo trimestre.
A saber, essa marca representou a menor taxa de desocupação desde 2012. No trimestre seguinte (julho a setembro), a taxa caiu ainda mais, atingindo 6,4%, a segunda mais baixa na série histórica.
Esse cenário é um reflexo da recuperação econômica do país e da ampliação das oportunidades de trabalho formal, especialmente no final do ano, quando as vagas temporárias e fixas aumentam.
Distribuição de oportunidades não é igualitária no país
Esse é o momento ideal para quem busca estabilidade no mercado de trabalho. No entanto, as oportunidades não são distribuídas de forma igualitária em todo o território nacional.
Enquanto algumas regiões e estados apresentam uma grande quantidade de empregos formais, outros ainda enfrentam sérias dificuldades para gerar novas vagas.
Os 10 piores estados para conseguir emprego formal
Com base nos dados de agosto de 2024, divulgados pela Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, destacamos os dez estados com o pior desempenho na geração de empregos com carteira assinada.
Apesar de o país ter avançado, esses estados ainda enfrentam desafios significativos, com números de criação de empregos bastante abaixo da média nacional. Confira a lista:
- Acre – 352 novos postos de trabalho
- Roraima – 795 novos postos de trabalho
- Tocantins – 1.139 novos postos de trabalho
- Rondônia – 1.208 novos postos de trabalho
- Amapá – 1.350 novos postos de trabalho
- Mato Grosso do Sul – 1.975 novos postos de trabalho
- Piauí – 2.065 novos postos de trabalho
- Espírito Santo – 2.515 novos postos de trabalho
- Maranhão – 2.516 novos postos de trabalho
- Sergipe – 2.812 novos postos de trabalho
Esses estados têm enfrentado uma criação de empregos muito abaixo das expectativas, o que reflete as dificuldades econômicas locais e a falta de infraestrutura ou investimentos capazes de atrair novos negócios e gerar empregos formais.
O panorama regional de emprego em 2024
Por outro lado, algumas regiões do Brasil têm mostrado um desempenho muito mais robusto na geração de vagas com carteira assinada. Entre janeiro e agosto de 2024, as regiões mais bem posicionadas foram:
- Sudeste: 841.907 novos empregos
- Sul: 309.140 novos empregos
- Nordeste: 257.925 novos empregos
- Centro-Oeste: 187.471 novos empregos
- Norte: 104.773 novos empregos
Esses números indicam que o Sudeste segue sendo a região mais forte em termos de geração de empregos, enquanto o Norte ainda tem um desempenho aquém das outras regiões. No entanto, a disparidade entre as regiões destaca a importância de políticas públicas de incentivo ao emprego em áreas menos favorecidas.
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