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Indiciamento por fraude no Bolsa Família: Saques ilegais resultam em prisão

O Bolsa Família, programa de transferência de renda essencial para milhares de brasileiros, foi alvo de um grande golpe que resultou em saques fraudulentos e levou à prisão de dois homens. Eles foram indiciados por furto eletrônico e lavagem de dinheiro após desviarem valores de beneficiários do programa, utilizando contas de mulheres como intermediárias. A fraude, que ocorreu em agosto de 2024, levantou questões sobre vazamento de dados e a segurança do programa. Neste artigo, analisamos os detalhes desse crime e o andamento das investigações.

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Como a fraude foi realizada

De acordo com as autoridades, os criminosos acessaram dados de beneficiários do Bolsa Família por meio de vazamento de informações. Com essas informações em mãos, os golpistas transferiram os valores das parcelas do benefício para contas bancárias de três mulheres, que atuaram como “laranjas”.

Duas delas moravam em São Paulo e uma em Pernambuco. Elas, aparentemente, não sabiam do uso indevido das contas, sendo enganadas por um amigo de uma das envolvidas, que ofereceu R$ 200 para que ela abrisse uma conta digital.

O delegado Mário Melo, da Polícia Civil, explicou como o golpe funcionava. A saber, os golpistas possuíam acesso aos dados dos beneficiários, e transferiam os valores para as contas das mulheres, que, sem saber, acabaram sendo utilizadas para o saque ilegal.

O desvio de R$ 50 mil e o impacto nos beneficiários

dados vazados
Imagem: Pira25 | shutterstock.com

O esquema criminoso resultou em um desvio de aproximadamente R$ 50 mil, valor este que foi retirado das contas de 15 vítimas que se registraram na Delegacia de Água Fria, localizada na Zona Norte do Recife. As vítimas informaram que as parcelas do mês de agosto foram retiradas logo após a liberação dos valores.

A Polícia Civil segue com as investigações, não apenas no Recife, mas também em outros estados, como a Bahia e Amapá. A possível conexão entre esses golpes em diferentes regiões sugere que os golpistas tinham acesso a um banco de dados vazado e sabiam quando os pagamentos seriam feitos.

O papel das “Laranjas” e as investigações em andamento

Durante os depoimentos, as mulheres que tiveram suas contas utilizadas como intermediárias revelaram os detalhes da fraude. Uma delas, que morava no Recife, relatou que foi abordada por um amigo, que lhe pediu para abrir a conta e fornecer as credenciais bancárias.

A investigação segue em andamento, com novas denúncias sendo registradas em outros bairros de Recife e em outros estados. O delegado também afirmou que os dois indiciados são investigados por outros crimes semelhantes, que podem envolver fraudes em diversos estados.

Tentativas de prisão e medidas judiciais

Embora os indiciados tenham sido identificados, a prisão deles ainda não foi efetivada. A Polícia Civil solicitou à Justiça ordens de prisão e busca e apreensão, mas, até o momento, os pedidos não foram aceitos.

A investigação continua, e a polícia segue a busca por mais evidências para concluir o caso.

Fonte: g1

Imagem: rawpixel.com / Freepik

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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