Cesta básica tem aumento de 1,15% em outubro; quais itens subiram?
Em outubro de 2024, a cesta básica na capital paulista registrou um aumento de 1,15%, passando de R$ 1.268,03 para R$ 1.282,60, de acordo com levantamento do Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse incremento reflete principalmente a alta no grupo de alimentação, que apresentou um crescimento de 1,60%. Este artigo detalha os produtos que sofreram maiores aumentos, os fatores que impulsionaram as variações e o impacto desse aumento sobre o bolso dos consumidores.
Leia mais: Cesta básica tem aumento de 7% e atinge R$ 773,70
Aumento nos preços: destaques do mês de outubro
Entre os principais itens que compõem a cesta básica, a alimentação foi o grupo que mais impactou o índice de aumento. A carne de segunda sem osso teve uma alta expressiva de 8,71%, seguida pela carne de primeira, que subiu 7,44%. Além dessas, o café em pó registrou um aumento de 6,49%, o óleo de soja subiu 5,5%, e a farinha de trigo teve uma variação de 5,49%.
Esses aumentos são reflexos de uma combinação de fatores econômicos e climáticos que afetam a produção e a distribuição desses produtos.
Desempenho dos grupos: alimentação, higiene e limpeza
![Cesta básica tem aumento de 1,15% em outubro; quais itens subiram? 2 cesta básica](https://beneficiosparatodos.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cesta-basica.jpg.webp)
Embora o grupo alimentação tenha sido o principal responsável pelo aumento, outros segmentos da cesta básica apresentaram variações diferentes:
- Higiene pessoal: Esse grupo registrou uma queda de 2,04% em outubro, contrariando a tendência geral de alta;
- Limpeza: Também sofreu uma redução de 0,63%, aliviando um pouco o impacto geral sobre o custo da cesta.
No entanto, o aumento de 1,60% nos alimentos foi decisivo para o índice total da cesta básica.
Variações anuais: o que mudou em 12 meses?
Considerando os últimos 12 meses, a cesta básica teve uma alta acumulada de 8,52% desde outubro de 2023. A alimentação foi o grupo que mais pesou, com um aumento de 9,89%. Produtos como batata (48,35%), café em pó (33,05%) e arroz (28,97%) foram alguns dos maiores responsáveis por esse crescimento.
A variação de preços também reflete a dinâmica do mercado e as dificuldades enfrentadas por alguns setores produtivos, como a agricultura e a pecuária, cujos custos aumentaram substancialmente.
Fatores que impactam os preços
O Procon-SP destacou que as flutuações de preços na cesta básica podem ser atribuídas a diversos fatores, incluindo questões climáticas, variações no câmbio, e mudanças na oferta e demanda dos produtos. Para entender melhor as causas específicas:
- Carnes: A alta nos preços da carne de primeira e segunda foi em grande parte influenciada pela estiagem, queimadas e pelo aumento das exportações brasileiras. Com uma oferta interna reduzida e uma forte demanda externa, o preço da carne subiu consideravelmente;
- Café: A escassez de oferta no Vietnã, um dos maiores produtores globais, direcionou a demanda para o Brasil, que viu um aumento nas exportações. Além disso, o clima desfavorável no país afetou a produção, elevando os preços;
- Óleo de soja: A valorização no mercado externo, combinada com a maior demanda interna, especialmente de indústrias de biodiesel e alimentos, resultou no encarecimento do óleo no varejo.
- Farinha de trigo: A baixa produtividade no estado de produção contribuiu para a alta no preço do trigo e seus derivados, incluindo a farinha de trigo.
Impacto para os consumidores
O aumento dos preços da cesta básica tem um impacto direto no poder de compra das famílias, especialmente em um cenário de inflação persistente. O encarecimento de itens essenciais, como alimentos e produtos de higiene e limpeza, dificulta a gestão do orçamento doméstico.
O Procon-SP também destaca que, embora a alta nos preços seja uma constante, os consumidores devem ficar atentos às variações regionais e procurar opções de compras mais vantajosas, como feiras livres e promoções de supermercados.