Ministro Haddad confirma anúncio de pacote de cortes de gastos até terça-feira
O governo federal está prestes a divulgar um novo pacote de cortes de gastos obrigatórios, com a previsão de anúncio até terça-feira (26). A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa ajustes fiscais e uma maior eficiência na gestão pública. Este pacote está diretamente ligado ao cumprimento do arcabouço fiscal, o que implica em um controle mais rigoroso do orçamento e das dívidas públicas. A seguir, entenda os principais detalhes sobre o pacote e suas implicações.
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Definição dos detalhes finais
De acordo com Haddad, o pacote de cortes de gastos está em sua fase final de elaboração e será formalizado após uma reunião decisiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para a manhã de segunda-feira (25), no Palácio do Planalto.
Durante a reunião, serão definidos detalhes importantes dos textos, como a proposta de emenda à Constituição e o projeto de lei complementar, ambos a serem enviados ao Congresso Nacional.
O ministro ainda esclareceu que, embora os detalhes estejam sendo fechados, o governo já discutiu previamente algumas medidas com lideranças do Congresso e com os ministros envolvidos na área econômica.
Impacto do pacote no arcabouço fiscal
Haddad também reafirmou a importância do arcabouço fiscal, a regra que visa o equilíbrio orçamentário e o controle das finanças públicas.
O ministro destacou que o pacote de cortes é suficiente para assegurar o cumprimento dessa regra, proporcionando o espaço necessário para que o Brasil continue sua trajetória de crescimento econômico, com uma inflação controlada dentro da meta estabelecida.
Cortes na Previdência dos Militares
Parte do pacote envolve a redução de gastos na previdência dos militares. Haddad indicou que a economia esperada com essa medida será de cerca de R$ 2 bilhões por ano. Embora os dados exatos não estejam totalmente disponíveis, o ministro afirmou que esse valor reflete uma estimativa aproximada.
O político também ressaltou as dificuldades de calcular o impacto exato da medida devido à falta de dados específicos sobre a folha de pagamentos dos militares, um dado não facilmente acessível ao Ministério do Planejamento.
No entanto, a redução de gastos na previdência dos militares é uma parte crucial do esforço do governo para equilibrar o orçamento.
Reuniões e aprovação do pacote
O processo de aprovação do pacote passou por uma série de discussões dentro do governo. Haddad, que se reuniria com Lula nesta quinta-feira (21), teve o encontro adiado para segunda-feira devido a um compromisso do presidente com a indústria do varejo.
Já nesta sexta-feira (22), Haddad se reuniria com os ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO) para definir o tamanho do bloqueio de gastos a ser anunciado.
A JEO, que coordena o planejamento e a execução orçamentária do governo, inclui o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além de ministros-chave como Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos). A reunião final será determinante para a concretização do pacote.
Fonte: Agência Brasil