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Cupom da Vez: como reconhecer fraudes em apps que oferecem renda extra

Em um mundo digital cada vez mais interconectado, a promessa de ganhar uma renda extra com a ajuda de aplicativos tem atraído muitos usuários. No entanto, por trás dessas ofertas, nem sempre se escondem boas intenções. Um exemplo recente disso é o caso do aplicativo “Cupom da Vez”, que, após se tornar popular nas redes sociais, acabou sendo denunciado como um possível golpe. Com promessas de lucro fácil e rápido, a plataforma deixou muitos consumidores frustrados e prejudicados. Neste artigo, vamos explorar como identificar fraudes em aplicativos e como se proteger de golpes que se disfarçam de oportunidades financeiras.

Leia mais: Como identificar comprovante de Pix falso e evitar cair em golpes

Ocupando espaço nas redes: O caso “Cupom da Vez”

Nos últimos meses, a plataforma “Cupom da Vez” conquistou uma crescente base de usuários, atraídos pela promessa de ganhar dinheiro de forma simples e sem complicação. Porém, uma série de denúncias e reclamações levantou suspeitas sobre a verdadeira intenção da ferramenta.

De acordo com o portal Reclame Aqui, a plataforma recebeu mais de 5.500 reclamações nos últimos seis meses, e o mais alarmante: todas sem resposta da empresa.

Como funciona o golpe?

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Imagem: stockking / Freepik

Os relatos apontam que, ao acessar o site, o usuário é levado a uma página inicial onde aparece a imagem de um produto de marca conhecida.

Em seguida, é solicitado que ele insira um código de desconto. Após inserir o código, o saldo do usuário aumenta, criando a falsa impressão de que ele está prestes a alcançar um valor significativo.

No entanto, os problemas começam a surgir quando a plataforma exige um pagamento de R$ 47 para liberar o saque dos valores acumulados, além de informações pessoais, como chave Pix e dados de contato.

Denúncias de prejuízos e falta de suporte

Os consumidores que caíram no golpe relatam uma série de transtornos. Um usuário de Curitiba (PR) descreveu ter pago as taxas de R$ 47 e R$ 37,90, mas não conseguiu acessar nenhum dos links ou plataformas prometidas.

“O e-mail de suporte não funciona porque está fora do Office 365”, comentou ele, frustrado.

Outro usuário, de Itupeva (SP), relatou que, após acumular quase R$ 2 mil para saque, foi informado de que o valor mínimo para liberação seria de R$ 5 mil, o que não havia sido mencionado nos vídeos promocionais.

“Agora, para sacar, tem que fazer um valor mínimo de R$ 5 mil. Me senti enganado. Só quero meu dinheiro de volta”, desabafou.

O que fazer se você caiu em um golpe?

Quando se trata de fraudes digitais, a primeira ação recomendada é formalizar a denúncia. A advogada Antonielle Freitas, especialista em direito digital e proteção de dados, orienta que os consumidores busquem os canais adequados, como o Procon e a Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos.

“Além de registrar a reclamação em plataformas como o Reclame Aqui, os consumidores devem buscar canais oficiais para formalizar a denúncia. Isso fortalece o histórico contra a plataforma e ajuda a prevenir que outros caíam no golpe”, explica Freitas.

O Procon-SP também orienta que, após registrar a denúncia, os consumidores entrem em contato com seus bancos ou empresas de pagamento para tentar reverter ou minimizar o prejuízo.

Consequências legais para plataformas fraudulentas

As consequências legais para empresas envolvidas em fraudes podem ser severas. A advogada Antonielle Freitas explica que, dependendo da gravidade das infrações, as plataformas fraudulentas podem enfrentar desde multas administrativas até a suspensão dos serviços por determinação judicial.

Adicionalmente, ações judiciais movidas por consumidores lesados podem resultar em pesadas indenizações.

“A empresa pode ser investigada criminalmente por estelionato, além de sofrer danos à sua reputação. A repercussão negativa nas plataformas de reclamação, como o Reclame Aqui, pode comprometer seriamente sua capacidade de operar”, esclarece Freitas.

O que fazer se encontrar sites fraudulentos

Caso se depare com sites suspeitos, o Procon-SP oferece uma página chamada “Evite Esses Sites”, que lista endereços de sites com histórico negativo de reclamações.

Isso ajuda os consumidores a identificar plataformas de risco.

Fonte: Exame

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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