Seguro-desemprego mantido, diz ministro do Trabalho após anúncio de cortes
Em meio a uma série de medidas fiscais que o governo federal deve anunciar, uma notícia trouxe alívio para muitos trabalhadores: as regras do seguro-desemprego não serão alteradas. A confirmação foi dada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que garantiu que o pacote de cortes, previsto para ser divulgado na quinta-feira, dia 27, não afetará o benefício destinado a quem perde o emprego sem culpa. Essa decisão foi um dos tópicos abordados por Marinho durante a coletiva, onde ele também mencionou outras medidas que podem impactar diretamente a população, como a isenção de Imposto de Renda para pessoas com salários de até R$ 5 mil.
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Seguro-desemprego permanece inalterado
Em uma entrevista coletiva, o ministro Luiz Marinho foi enfático ao afirmar que o seguro-desemprego não passará por mudanças com o pacote de corte de gastos que será anunciado pelo governo. Quando questionado sobre possíveis alterações no abono salarial e no seguro-desemprego, o ministro respondeu:
“Não há mudanças de regra do seguro-desemprego, por exemplo”, declarou Marinho, reafirmando que o benefício continuará com as mesmas condições para os trabalhadores.
O seguro-desemprego é uma das principais garantias para trabalhadores que ficam sem emprego, e sua manutenção sem alterações gerou uma sensação de estabilidade entre os beneficiários.
Mudanças no Imposto de Renda
Enquanto o seguro-desemprego permanecerá como está, outras mudanças, como a isenção do Imposto de Renda (IR), devem fazer parte do pacote de cortes anunciado pelo governo.
O ministro Marinho confirmou que, conforme o anunciado anteriormente, o governo federal está preparando a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Essa medida é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e busca aliviar a carga tributária para a classe média.
Marinho também antecipou que o pacote trará outras novidades, como a criação de novos impostos para os “supersalários” e medidas voltadas para os mais ricos. Ele declarou:
“Tudo, supersalários, imposto para os super-ricos, vem tudo aí, pacote completo.”
Essas mudanças têm o objetivo de equilibrar as contas públicas, mas também buscam uma maior justiça fiscal, com ênfase na taxação de rendas mais altas.
Isenção para quem ganha até R$ 5 mil
Uma das principais medidas do pacote será a isenção de Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. Embora a medida não tenha sido incluída na proposta de Orçamento de 2025, que foi enviada ao Congresso em agosto, ela será anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mesmo evento.
A isenção foi uma promessa de campanha do presidente Lula e é vista dentro do governo como uma estratégia para melhorar a popularidade do governo, especialmente após o anúncio de cortes no salário mínimo e em outras áreas.
A mudança na isenção do Imposto de Renda visa beneficiar um grande número de trabalhadores, além de ser uma forma de amenizar as possíveis reações negativas aos cortes previstos para outros benefícios, como o salário mínimo. A medida, de acordo com Marinho, é vista como uma forma de proteger a classe média do impacto dos ajustes fiscais.
Impacto das medidas fiscais
O governo brasileiro está preparando um pacote de corte de gastos que pode afetar a arrecadação de impostos em até R$ 35 bilhões.
Essa medida de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, mesmo não estando prevista no orçamento, é considerada como uma tentativa de balancear o impacto dos cortes nas despesas com a preservação de um certo poder de compra da classe trabalhadora.
Apesar das resistências internas na equipe econômica, que temiam que essa redução de receitas pudesse neutralizar os efeitos do corte de despesas, a medida foi mantida no pacote.
O governo busca um equilíbrio entre reduzir os gastos públicos e garantir que a população mais vulnerável não seja excessivamente prejudicada.
Fonte: Exame
