Golpe do Certificado Internacional de Vacina cresce; veja como evitar
Nos últimos tempos, golpes relacionados à emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) têm se tornado uma preocupação crescente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu alertas sobre serviços fraudulentos que prometem a entrega desse documento essencial para viagens internacionais, mas com o objetivo de roubar dados pessoais e cobrar indevidamente pelos serviços. O CIVP é um documento gratuito e pode ser obtido por meios oficiais, como o portal do governo ou o aplicativo “Meu SUS Digital”. Neste artigo, abordamos os principais cuidados que o cidadão deve ter para evitar cair em fraudes e garantir a emissão segura e gratuita do certificado.
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O que é o Certificado Internacional de Vacinação?
O Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) é um documento exigido por alguns países como parte das normas sanitárias internacionais, especialmente para comprovantes de vacinação contra a febre amarela.
Desde 2014, o CIVP tem validade vitalícia, o que significa que, uma vez emitido, ele permanece válido enquanto não houver alteração nas condições do certificado. Caso você já tenha o CIVP, não há necessidade de solicitar um novo, a menos que ele esteja danificado ou ilegível.
Golpes na internet: como se proteger
Infelizmente, com o aumento da digitalização dos serviços públicos, golpistas têm aproveitado a boa-fé dos cidadãos para aplicar fraudes. Sites falsos oferecem serviços para a emissão do CIVP e pedem informações pessoais sensíveis, como CPF e dados bancários, com a promessa de entrega rápida e fácil do certificado.
A Anvisa reforça que a emissão do CIVP não tem custo algum e deve ser realizada apenas por canais oficiais, como:
- Portal do Governo Federal (Gov.br)
- Aplicativo Meu SUS Digital
Esses canais são gratuitos e seguros, garantindo a integridade dos dados do usuário e a entrega do certificado de forma oficial.
Formas oficiais de solicitação do CIVP
Se você tomou a vacina contra a febre amarela e precisa do CIVP, há duas maneiras de obter o documento de forma rápida e segura:
- Através do Aplicativo “Meu SUS Digital”: Esta é a opção mais simples e ágil, já que as informações de vacinação são enviadas diretamente das salas de vacina;
- Pelo Portal Gov.br: Caso o CIVP não esteja disponível no aplicativo, basta acessar a seção “Tirar o Certificado Internacional de Vacinação” no site do governo e seguir as instruções.
Quem já possui o CIVP emitido presencialmente e deseja recuperá-lo pode acessar o Gov.br e escolher a opção “Desejo recuperar meu CIVP emitido presencialmente”. O sistema irá verificar as informações de CPF e enviar o certificado em até 60 minutos, ou informará a falta de registro.
Diferença nos formatos do CIVP
Embora o Brasil utilize diferentes formatos para a emissão do CIVP, todos seguem as normas do Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005), garantindo sua aceitação internacional. Mesmo os certificados mais antigos, que não possuem QR code ou código de autenticação, continuam válidos. Isso inclui versões do certificado em cartão, com assinatura manual.
Portanto, se você possui um CIVP emitido em formato tradicional, ele deve ser aceito por companhias aéreas e autoridades sanitárias internacionais, desde que esteja em boas condições.
Exceções: o que fazer caso não possa tomar a vacina
Pessoas com contraindicação médica para a vacina contra a febre amarela não podem receber o CIVP.
No entanto, elas podem viajar com um atestado médico, que não precisa seguir um formato padrão, mas deve conter informações essenciais como o nome completo do viajante, o número do documento, a razão pela qual a vacina não pode ser tomada, e a identificação e assinatura do médico responsável. Idealmente, o atestado deve ser redigido em inglês ou espanhol.