Com a inflação afetando diretamente o bolso dos brasileiros, a tradicional ceia de Natal de 2024 promete ser diferente para muitos. O aumento nos preços dos alimentos está levando os consumidores a repensar seus cardápios, procurando alternativas mais acessíveis sem abrir mão das tradições.
Uma pesquisa realizada pela Ticket, marca da Edenred Brasil, revela que a maioria dos brasileiros está preocupada com os custos mais altos para celebrar a data. O levantamento aponta que, apesar das dificuldades econômicas, alguns itens permanecem essenciais para a festa.
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Inflação altera a percepção sobre o custo da ceia
De acordo com um estudo conduzido pela Ticket, 72% dos brasileiros percebem que os alimentos da ceia natalina estão mais caros em 2024. Esse número representa um aumento significativo em relação a 2023, quando apenas 53% dos participantes indicaram que os preços estavam mais altos.
O aumento nos custos dos alimentos, especialmente itens tradicionais como arroz, carne e frutas, tem gerado preocupação entre os consumidores.
“Essa mudança na percepção é reflexo do aumento geral nos preços, com destaque para o arroz, que subiu 9,71% entre janeiro e outubro deste ano, superando a inflação geral, que foi de 4,76%”, afirma Natália Ghiotto, diretora de produtos da Ticket. Esses dados evidenciam como a inflação tem impactado o planejamento das famílias para a ceia de Natal.
Alterações no cardápio: adaptação é a chave
Com os preços mais altos, muitos brasileiros estão optando por modificar suas ceias. A pesquisa mostrou que 26% dos participantes planejam substituir alguns itens tradicionais por opções mais baratas. Além disso, 29% irão incluir novos pratos e sabores na tentativa de diversificar a refeição sem comprometer o orçamento.
Enquanto isso, 18% dos entrevistados indicaram que querem tornar a ceia mais saudável, refletindo uma preocupação crescente com a alimentação balanceada. No entanto, 27% afirmaram que não farão alterações no cardápio, mantendo as preferências tradicionais.
Carnes continuam sendo a principal escolha
Embora o preço das carnes tenha subido 8% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE, elas continuam sendo a preferência nacional para a ceia de Natal.
A pesquisa da Ticket revelou que 88% dos brasileiros devem incluir carne em sua ceia, um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao ano passado. Esse dado destaca a resistência dos brasileiros em abrir mão deste item fundamental, apesar do custo elevado.
As frutas e oleaginosas ocupam o segundo lugar no ranking das preferências, com 60% das pessoas mencionando esses itens para a ceia de 2024, seguidas pelas bebidas (54%) e doces (52%). Cereais, como arroz e milho, e farofa também são itens essenciais para muitas famílias, com 38% e 36% das menções, respectivamente.
Cestas de Natal digitais: uma alternativa para as empresas
Com a adaptação dos cardápios e o aumento do custo de vida, a pesquisa revelou uma demanda crescente por cestas de Natal digitais. Essas cestas permitem que os colaboradores escolham os itens que mais desejam, respeitando suas preferências alimentares e restrições.
Segundo a pesquisa, 37% dos brasileiros consideram que R$ 500 ou mais é o valor adequado para uma cesta digital de Natal.
Lista de preferências para a ceia de Natal 2024
De acordo com a pesquisa, os itens mais citados para a ceia de Natal de 2024 são:
| Alimento | Porcentagem de pessoas (2024) | Porcentagem de pessoas (2023) |
|---|---|---|
| Carne | 88% | 84% |
| Frutas e oleaginosas | 60% | 57% |
| Bebidas | 54% | 52% |
| Doces | 52% | 48% |
| Cereais | 38% | 37% |
| Farofa | 36% | 34% |
Conclusão: adaptação diante da alta dos preços
A inflação de 2024 está forçando os brasileiros a se adaptarem para manter a tradição da ceia de Natal, buscando alternativas mais econômicas sem abrir mão de itens essenciais.
O levantamento da Ticket mostra que, apesar das dificuldades, a carne continua sendo o item mais comprado, enquanto as cestas de Natal digitais ganham força como uma solução para equilibrar as necessidades dos colaboradores nas empresas.
Com a chegada das festas, fica claro que a adaptação será a chave para garantir uma celebração completa, mesmo diante do aumento nos preços.
