Governo garante que fusão de empresas não resultará em aumento de passagens aéreas
O governo federal reforçou que a possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol não acarretará no aumento das tarifas aéreas.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a prioridade é fortalecer o setor e garantir o acesso a voos regionais, promovendo melhorias na ocupação e na malha aérea do Brasil.
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Fortalecimento da aviação regional
Durante um evento em Foz do Iguaçu, o ministro destacou a importância de uma aviação mais eficiente para reduzir custos. Ele explicou que, ao unir esforços, as companhias podem otimizar a ocupação de voos, garantindo tarifas mais competitivas.
Ele citou como exemplo a racionalização de voos com baixa ocupação, mencionando trajetos como Foz do Iguaçu-Curitiba, onde diferentes companhias oferecem voos parcialmente ocupados.
“Às vezes, esse voo, os dois aviões têm capacidade, por exemplo, de mais de 150 passageiros, mas só que um voo sai com 80 da Azul e o voo da Gol sai com 80. Então, em um único voo, a gente poderia levar a população e sobrar uma aeronave para outros destinos do Brasil”, explicou.
Preocupações com o mercado aéreo
A possível fusão está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Silvio Costa Filho reforçou que evitar o colapso das companhias é essencial, já que juntas representam cerca de 64% do mercado.
Para isso, o governo criou uma linha de crédito de R$ 4 bilhões e segue dialogando com executivos das empresas para garantir a sustentabilidade do setor.
Expansão dos aeroportos regionais
Além da fusão, o governo trabalha no programa AmpliAR, que visa investimentos em 50 aeroportos regionais.
O edital do primeiro bloco deverá ser lançado até abril, com leilões previstos para o meio do ano. Segundo o ministro, esse projeto amplia a conectividade e fomenta o crescimento econômico regional.
Aeroporto de Foz do Iguaçu: impulso ao turismo

Durante a cerimônia de ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, com investimentos de R$ 350 milhões, o ministro ressaltou o impacto positivo no turismo local. Ele afirmou que a modernização atrairá voos internacionais e fortalecerá o turismo, base econômica da região.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, reforçou que a ampliação posiciona Foz do Iguaçu como um dos principais destinos turísticos do Brasil. “O turismo é nosso cartão de visita, é o alicerce da economia de Foz”, declarou.