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Recorde na produção de grãos pode ajudar a controlar os preços dos alimentos

A expectativa para a safra de grãos 2025/26 no Brasil é promissora, com uma previsão de crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Este aumento na produção inclui itens essenciais como feijão, arroz, milho e soja, alimentos chave para a alimentação e a ração animal.

No entanto, apesar da expectativa de mais grãos, especialistas apontam que uma safra maior não é a solução única para controlar os preços dos alimentos. A dinâmica dos preços é influenciada por múltiplos fatores econômicos e climáticos.

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Aumento na produção de grãos: O impacto imediato

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Imagem: Freepik

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança na safra, destacando a sua potencial contribuição para a economia: “Estou muito confiante de que a safra deste ano será muito forte. Isso também vai ajudar“, afirmou. A previsão de aumento da produção é animadora, mas especialistas alertam que seus efeitos no preço dos alimentos não são imediatos.

“(Uma safra maior) É uma boa notícia, porque pode arrefecer um pouquinho o preço. Pode deixar um pouco mais barato o custo da produção de carne, dando um exemplo”, afirma Aniela Carrara, pesquisadora do Cepea, ao g1.

Câmbio e outros desafios: A complexidade dos preços

Além da oferta de grãos, o preço dos alimentos no Brasil é fortemente influenciado pelo câmbio, que pode tornar o mercado externo mais atrativo.

Com o real desvalorizado, os exportadores brasileiros podem preferir vender para o exterior, diminuindo a oferta interna e, consequentemente, mantendo os preços elevados. De acordo com Carrara, a relação entre a moeda americana e o real é crucial para a dinâmica do mercado.

O papel do clima: A previsão para 2024 e os reflexos na produção

A previsão climática para 2024 também é um fator determinante para o sucesso da colheita. Após um ano de seca severa, o cenário para este ano promete ser mais favorável, o que pode contribuir para a boa colheita de grãos.

Ana Paula Cunha, especialista do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), prevê que, embora o clima continue instável, a situação não será tão severa quanto a do ano passado, quando o fenômeno El Niño afetou o país.

Outros fatores também são essenciais para a redução dos preços

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Imagem: Freepik

Embora uma safra recorde de grãos seja uma boa notícia para o Brasil, ela sozinha não será suficiente para uma queda significativa nos preços dos alimentos.

A redução dos preços depende de uma combinação de fatores, como a política de juros, investimentos em infraestrutura logística e o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes no campo.

Fernanda Ramos

Fernanda é graduanda em Letras Vernáculas pela UFBA. Estruturadora de textos nos portais Seu Benefício Digital e Benefícios para Todos.

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