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WhatsApp vira arma de criminosos: golpe lidera fraudes bancárias em 2024

Com a popularização das transações bancárias digitais, criminosos têm explorado brechas tecnológicas e a falta de conhecimento dos usuários para aplicar uma série de fraudes cada vez mais sofisticadas. O WhatsApp, um dos aplicativos mais usados no Brasil, tornou-se o protagonista de um dos golpes mais comuns registrados em 2024.

De acordo com um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o golpe de clonagem do WhatsApp lidera o ranking de fraudes bancárias no país. A seguir, você confere o funcionamento dessa e de outras práticas ilícitas, além de dicas práticas para evitar se tornar mais uma vítima.

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Imagem: Webster2703 / Pixabay

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WhatsApp é usado como ferramenta de fraude

Como funciona o golpe do WhatsApp

A fraude começa com a clonagem do número de celular da vítima. O golpista tenta registrar o WhatsApp em outro aparelho e, para isso, entra em contato se passando por algum serviço, solicitando o código de verificação enviado via SMS. Com o acesso à conta, ele passa a enviar mensagens a contatos próximos da vítima pedindo transferências bancárias sob falsos pretextos.

Estratégias para enganar

Os criminosos utilizam linguagens informais, fotos reais da vítima e detalhes pessoais para tornar a conversa mais convincente. Eles se passam por familiares, amigos ou até colegas de trabalho, sempre com um tom de urgência.

Como se proteger

  • Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp;
  • Nunca compartilhe códigos recebidos por SMS;
  • Informe contatos sobre a clonagem caso ocorra.

Falsa venda: promessas irreais e prejuízo certo

Golpe popular em redes sociais

A segunda fraude mais registrada envolve a criação de lojas falsas em plataformas digitais. Os criminosos simulam perfis confiáveis, oferecem produtos a preços muito abaixo do mercado e exigem pagamento antecipado, geralmente via Pix.

Recomendações

  • Desconfie de preços muito baixos;
  • Verifique a reputação da loja;
  • Evite clicar em links de promoções não solicitadas.

Golpe da falsa central de atendimento

Quando o perigo atende a ligação

Nesta fraude, o criminoso liga para a vítima se passando por um atendente do banco. Com voz segura e informações básicas da conta, ele informa uma suposta ameaça de segurança e orienta que a pessoa realize transferências para “contas seguras”.

Como evitar cair no golpe

  • Bancos nunca pedem senhas completas por telefone;
  • Desligue a chamada e contate seu banco por outro aparelho;
  • Jamais realize transações a pedido de desconhecidos.

Phishing: a armadilha do link malicioso

O que é phishing?

É a técnica de enviar e-mails, SMS ou mensagens com links falsos que redirecionam o usuário para sites fraudulentos. Esses sites pedem informações pessoais e bancárias, muitas vezes sob disfarce de promoções ou comunicados de instituições conhecidas.

Como se proteger

  • Nunca clique em links duvidosos;
  • Verifique se o endereço do site é seguro (https://);
  • Use antivírus atualizado no celular e computador.

Golpe do falso investimento

Promessas de retorno rápido

Criminosos divulgam investimentos falsos com lucros extraordinários e garantidos. Usam imagens manipuladas, vídeos editados e até influenciadores falsos para dar credibilidade. Após pequenos pagamentos iniciais, a vítima é convencida a investir mais — e perde tudo.

Dicas para não cair

  • Desconfie de promessas milagrosas;
  • Pesquise no site do Banco Central e CVM se a empresa é registrada;
  • Evite plataformas que não tenham reputação comprovada.

Troca de cartão na hora da compra

Distração como estratégia

Durante compras em estabelecimentos físicos, golpistas aproveitam momentos de distração para trocar o cartão da vítima por outro semelhante. Eles observam a senha e utilizam o cartão verdadeiro para fazer saques e compras.

Medidas preventivas

  • Digite a senha sem mostrar a ninguém;
  • Verifique o cartão devolvido pelo atendente;
  • Prefira passar o cartão na maquininha por conta própria.

Falso boleto: armadilha na cobrança

Como funciona o golpe

Criminosos adulteram boletos enviados por e-mail ou gerados em sites clonados, alterando os dados do beneficiário. O consumidor faz o pagamento acreditando estar quitando uma dívida legítima, mas o dinheiro vai direto para o fraudador.

Dicas para não ser enganado

  • Verifique se os dados do beneficiário estão corretos;
  • Use aplicativos oficiais para gerar boletos;
  • Evite pagar boletos recebidos por fontes desconhecidas.

Devolução de empréstimo: golpe com cara de estorno

Como agem os criminosos

Os golpistas contratam um empréstimo no nome da vítima e, após o crédito ser depositado, entram em contato solicitando a devolução dos valores com a desculpa de cancelamento do contrato. A vítima transfere o valor sem perceber a armadilha.

O que fazer

  • Nunca devolva dinheiro sem confirmação do banco;
  • Contate imediatamente o atendimento oficial da instituição;
  • Faça um boletim de ocorrência.

Mão fantasma: acesso remoto ao celular

Instalação de aplicativos espiões

O fraudador entra em contato alegando suspeita de invasão ou operação não autorizada. Para resolver o problema, envia um link de aplicativo que, quando instalado, dá acesso remoto ao aparelho da vítima, incluindo aplicativos bancários.

Como se proteger

  • Não instale aplicativos enviados por terceiros;
  • Verifique se o app está disponível na loja oficial (Google Play ou App Store);
  • Utilize autenticação biométrica em apps bancários.

Falso motoboy: golpe físico com consequências digitais

O golpe no mundo real

Um suposto atendente liga para a vítima e diz que o cartão foi clonado. Orienta que o cartão seja cortado e entregue a um motoboy que irá recolher o item. Com o chip ainda funcional e a senha fornecida, o criminoso faz compras e saques.

Evite esse tipo de fraude

  • Nenhum banco envia motoboys para recolher cartões;
  • Desconfie de qualquer ligação solicitando ações incomuns;
  • Ligue para seu banco de outro telefone.
Fraude
Imagem: SObeR 9426 / shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

A ascensão dos golpes bancários no Brasil, com destaque para a fraude via WhatsApp, acende um alerta sobre a necessidade urgente de educação digital. Os criminosos estão cada vez mais preparados, utilizando estratégias que combinam tecnologia e engenharia social para iludir suas vítimas.

A melhor forma de proteção é a informação. Ao conhecer os principais golpes, o consumidor tem mais chances de reconhecer abordagens fraudulentas e agir com cautela. A vigilância constante, a verificação de canais oficiais e o uso consciente das ferramentas digitais são as principais armas contra esse tipo de crime. E lembre-se: quando a oferta parecer boa demais, provavelmente é golpe.

Jessica Cassana

Jéssica é especialista em benefícios sociais. Compartilha informações detalhadas sobre Bolsa Família, CRAS, Cadúnico e diversos programas do governo, ajudando você a entender e acessar seus direitos com facilidade e eficiência.

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